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Afim de não parecer piegas, em relação – também, aos temas abordados pelos colegas Colunistas aqui do BV, vou me abster de trazer novamente à baila discussão acerca do nosso momento dentro de campo e das nossas possibilidades no Campeonato Brasileiro. Ao menos de forma direta.

Pensei, hoje, que era necessário retroagir um pouco no tempo, ainda que brevemente, para entender quando começamos a mudar nossas perspectivas quanto ao time. Volto, inicialmente, ao momento da contratação de Victor Cuesta, que chegou aqui com a pompa de já ter defendido a seleção argentina, mas que não vivia lá seu melhor momento no Independiente, da Argentina. Chegou, e ainda que tenha demorado um pouco para mostrar a que veio, o certo é que não demorou nada para virar titular absoluto do time.

Depois, vos falo de Rodrigo Moledo e, aqui, com uma ponta aguda de remorso, já que fui um dos tantos que não entendeu a epopéia da direção para recontratá-lo. Ora, um zagueiro não mais do que médio, pensava eu. Ledo engano! Mordi a língua e hoje, faceiro, encaro qualquer mertiolate ou outro remédio amargo para curar minhas feridas. Que zagueiro está sendo Rodrigo Moledo!

E que dupla de zaga que temos!

Não posso falar do sistema defensivo sem fazer referência ao goleiro, agora na pessoa de Marcelo Lomba que, após o último jogo, e as suas três grandes defesas, novos argumentos são o mesmo que chover no molhado. Nas laterais, ainda que me pareça o ponto mais divergente atualmente, Iago tem dado conta do recado, ainda que alterne boas partidas e outras nem tanto. Já o Fabiano, bem, este é uma encruzilhada. Se em matéria defensiva ele parece se fundir com a dupla de zaga fazendo parecer um paredão intransponível, quando se lança ao ataque muitas vezes nos faz sentir saudades, inclusive, do Nei. Mas o Fabiano parece ser um jogador honesto, do tipo que não se pode esperar dele muito mais do que isso que vem apresentando. E a julgar que temos como titular o Zeca, fechamos o quarteto defensivo de maneira satisfatória.

A cereja do bolo, todavia, parece-me Rodrigo Dourado. Eu já tive vontade de invadir o campo e bater nele, admito, e de vê-lo indo pro banco muitas e muitas vezes. Eu já até sugeri por aqui que o mesmo deveria ser recuado, passando a jogar de zagueiro. Mas, diante daquela saga acima referida do morder a língua, nada me fez sangrar tanto que não Rodrigo Dourado. Titularíssimo! E, pasmem, forte candidato a uma vaga da Seleção nacional.

Logo, nada como um dia após o outro. E que siga assim, à frente e de cabeça erguida. Afinal, é o Inter, p..!

Chego à conclusão, pois, que quando nos cercamos de xerifes e ajeitamos a defesa, construímos a muralha, ficamos muito mais perto da vitória. O mais incrível é que em se tratando de futebol, fechar a casinha para só então se emergir ao ataque é quase tão velho quanto andar para frente. Mas, quem disse que é simples enxergar o óbvio?

E por falar em xerife, trago na foto de destaque aquele que na história do Inter se destacou como o maior deles: Figueroa. Que saibamos olhar para o passado para poder atingir as glórias do futuro. E que venha o tetra, não me canso de repetir.

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