Amanda

Psicólogo Esportivo

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Há 3 anos eu fui atrás de um estágio na área em que eu estudo. Havia assinado toda a papelada, faltava uma assinatura e estava feliz pois ia fazer no Sport Club Internacional, com os jovens da FECI. A assinatura em questão era de quem seria o meu orientador, ou seja, a pessoa que me auxiliaria na área. Uma hora antes de sair de casa para chegar no clube com toda a documentação eis que recebo uma ligação: Olá, Amanda, tudo bem? Infelizmente tivemos que desligá-la por questões ligadas ao profissional e não poderemos realizar seu estágio pois não há profissional capacitado para te orientar. É, amigos, nem preciso dizer o tamanho do “baque” que levei com essa ligação. Já havia falado com toda a família e todos estavam torcendo por mim e pelo meu estágio. Bom, não rolou, bola pra frente.

No eterno 7×1 brasileiro, Dunga expôs a seguinte declaração frente às câmeras: “O jogador chega na seleção depois de uma viagem de 11 horas, tem poucos dias até o jogo. Ele vai abrir o coração dele (para um psicólogo) em meia hora? (…) Eu vou ver o psicólogo e vou perguntar: “Quem é esse cara? Será que ele vai contar para o dirigente? Será que ele vai contar para o treinador?”. Desculpa meu modo sincero de falar, mas eu sou autêntico. Tem coisas inviáveis na seleção brasileira.”

Pois bem, em meio a inúmeras críticas o Internacional contratou um psicólogo. Não se enganem com clínica, meus caros, pois a psicologia do esporte estuda os comportamentos de pessoas envolvidas no contexto esportivo e de exercício físico. O objetivo principal do psicólogo do esporte é entender como os fatores psicológicos influenciam no desempenho físico e compreender como a participação nessas atividades afeta o desenvolvimento emocional, a saúde e o bem estar de uma pessoa nesse ambiente. Caso haja algum fator emocional extremamente em que o atleta não esteja preparado para lidar, ele será encaminhado para um psicólogo clínico. Não se “transporta” para o ambiente esportivo o “divã”, as estratégias de intervenção dessas áreas podem ser em alguns momentos similares, porém os objetivos são distintos. Ou seja, se tratando do assunto, Dunga foi infeliz em seu comentário.

Na Alemanha se adota esse método há anos e, quando ganharam a Copa, o técnico Löw disse que seu braço-direito era o próprio psicólogo (Para mais informações recomendo este post).Se foi isso que resultou na força de vontade de nossos jogadores na vitória fora de casa ontem? Eu não sei mas prefiro pensar que o Internacional está no caminho de um modelo bastante aclamado e lutado no Brasil desde que não o desligue após o possível alto-rendimento.

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