À procura da felicidade
O futebol é realmente uma coisa que é difícil de entender. Vejamos esta questão da contratação do Paolo Guerrero, pelo Internacional.
Um assunto que ganhou notícia ao final do final de semana passado, tomou corpo ao final da grande vitória em Minas Gerais na segunda-feira (e que seria o assunto inicial meu, hoje) já que não fora desmentido pelos dirigentes e, ao que parece, foi fechado hoje e o jogador peruano chega no sábado, muito provavelmente com aeroporto lotado, mais pelo que representa e pelo que já jogou do que pelo que vem jogando. Não vai muito, nos áureos tempos de bonança e nariz empinado, a torcida de forma maciça estaria enlouquecida com a referida contratação… convenhamos!
E o que eu penso dessa contratação? Pois é, não sei!
Estou bastante cético tal qual alguma parte da nossa torcida. Já li os dois lados da moeda em muitos lugares, inclusive por aqui. Mas ao mesmo tempo em que eu acho quase que um absurdo pagar um caminhão de dinheiro para um jogador de 34 anos, em inimagináveis três anos de contrato (ainda com pendências jurídicas), concordo com quem diz que o Guerrero é um jogador de patamar diferenciado e que a direção pensa grande e imagina que ganhar títulos é, sim, possível.
E como sou reconhecidamente o colunista otimista, obviamente, ao fim e ao cabo, tendo a me inclinar para o lado daqueles que detém a esperança de que o grande jogador que é Paolo Guerrero, como fênix, ressurja no Gigante da Beira Rio e nos leve ao tetra que, por mais incrível que possa parecer, podemos sonhar neste momento. E está sendo doce esta ilusão.
O que me levou a enveredar pelo lado otimista da coisa tem suas razões. A primeira é que independente de eu gostar ou não, Guerrero parece ser uma realidade, então, ficar bradando contra não vai ajudar mais em nada. Depois, que a sorte parece finalmente ter nos reencontrado. Não fosse, aquela bola na trave do Luan no final do jogo seria o empate do Atlético. Por fim, meu pai, um pessimista convicto quando o assunto é Internacional, acha que pode dar certo. Lembrou Geraldão que, apesar de eu não ter visto jogar, ouvi falar de sua história por aqui e o tenho nos meus postêrs na parede do quarto lá de São Chico.
Pois Geraldão chegou aqui já caminhando para o fim de carreira, com 33 anos. E naquele tempo, jogar muito mais do que isso era exceção. Todavia, aqui, como um bom centroavante que sempre foi, reencontrou o caminho do gol e fez a torcida feliz. Afinal, não é o gol que faz a torcida feliz?
Portanto, deixo o meu lado rabugento de lado e vou tratar de torcer para que Paolo Guerrero reencontre aqui o futebol que ele ainda tem. Que seja o Colorado a sua fênix. Que faça muitos gols. E que faça eu e toda a torcida feliz.
Ahh e como eu quero ser feliz meu Inter!
PS.: Não posso deixar de lamentar a saída do Airton Kwitko do quadro de colunista do BV. Um grande Colorado, sempre com textos que nos traziam enriquecimento de cultura. Fará bastante falta!