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Considerando todo o contexto do jogo de terça-feira, a verdade é que deixamos dois pontos em São Paulo. Assim como a maioria dos comentaristas aqui do BV, não gostei do nosso ataque, quer dos titulares ou mesmo dos reservas, especificamente do Rossi, que errou tudo que tentou. Apesar de muito estabanado no primeiro tempo, a opção por Charles pareceu uma decisão acertada do treinador. E fico por aí. Ainda falta muito para me convencer que poderemos sonhar com algo mais neste ano corrente. Desta vez, não vou me permitir à ilusão.

Hoje, é dia de voltar no tempo…

Lembro bem duma tarde de sábado meio fria, em julho de 2004, quando estava por Porto Alegre e com a resolução rápida do que fomos fazer lá, meu pai me convidou para assistir o jogo do Inter, no Beira-Rio. No tempo que ia de busão para os jogos do Colorado, ainda. O adversário era o Atlético do Paraná, nosso treinador era o tio Janjão, mas o que me cativava era ver de perto um jogador que havia chego exato um mês antes: FERNANDÃO.

A goleada de 6×0 e o fato de 4 desses gols terem sido feitos por Danilo, que chegou prometendo e foi mais um que saiu sem deixar saudade, de certa forma ofuscou o destaque de Fernandão naquele jogo, embora ele tenha deixado um gol anotado. Ainda cambaleávamos, parecido como é hoje, mas eu via nele um jogador apto a conduzir o Internacional para outros caminhos. O time, naquele ano, só tomou corpo com o retorno de Muricy Ramalho ao comando técnico e ganhou a confiança mesmo da torcida no ano seguinte, aquele do titulo brasileiro que nos surrupiaram.

Não preciso aqui falar da história construída por Fernandão no Colorado. Não preciso aqui lembrar que era ele o maestro dentro de campo e também fora dele, quando conduziu a festa pela conquista do Mundial no Beira-Rio, num meio de tarde em que fugi do trabalho para estar lá.

Depois duma década de 1990 doída, a verdade que Fernandão soube fazer reviver toda nossa grandeza como time e clube, conduzindo um processo de respeito à nossa história que culminou nos inúmeros títulos que passamos a ganhar, inclusive, depois de sua saída.

Fernandão, de fato, será eterno. Ele sempre estará presente em cada novo dia do Internacional. Passados quatro anos da sua trágica e cediça morte, não creio que ainda seja fácil aceitar que ele, a qualquer momento, não mais cruzará o túnel do Gigante para ser aplaudido e ovacionado pela torcida:

Uhh Fernandão! Uhh Fernandão! Uh Fernandão!

O dia 07 de junho, de quatro anos para cá e a cada novo ano que seguirá, sempre nos fará refletir, sentir saudade e, apesar da relação antagônica, uma felicidade imensa de saber que Fernandão fez muito pelo Inter e não será esquecido jamais.

Fernandão é eterno!

Então, permitam-me lhe ovacionar:

Uhh Fernandão! Uhh Fernandão! Uh Fernandão!

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