Bruno Costa

A questão da sorte

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Acompanhava o jogo, ontem, pela internet quando o Rossi sofreu o pênalti e ele mesmo resolveu que ia cobrar. Logo pensei que aquilo estava fadado ao insucesso, como de fato foi. Fim do primeiro tempo entro aqui no BV, no post sempre lúcido do Mauro, e nos comentários um festival de desalento e ira. Também muito pessimismo e (des)confiança em mais um possível revés. Algo que até parecia se desenhar mesmo, com o empate do Vitória…

Preferi, todavia, não sucumbir aos meus receios mais obscuros. Saí de frente do computador e deixei o celular meio de lado. Passei a confiar que dessa vez ia ser diferente. E foi, enfim.

Como não olhei o jogo, me baseio no que li depois e nos melhores momentos que assisti num canal qualquer. Voltei, também, aos comentários do texto do Mauro e li elogios ao fato do Inter terminar o jogo atacando. Aliás, imperioso referir: que perspicácia do Victor Cuesta. Que jogada! E o Nico fazendo gol no último lance do jogo reacende a relação de amor e ódio que ele levanta na torcida a cada nova atuação sua.

Mas é lógico que não quero me iludir. É lógico que eu não quero me I L U D I R!

Vou me permitir, hoje, entretanto. Vou fazer alguns elogios que merecem ser pontuados, afinal, o time é o reflexo de sua torcida. Se apenas criticarmos, o time não vai passar a jogar melhor, convenhamos. É preciso reconhecer algumas virtudes, é preciso ter esperança e boa fé.

Primeiro tenho de elogiar Odair Hellmann. O Papito de alguns jogos pra cá tem parecido mais corajoso, mais crente em suas próprias convicções, ao invés de ficar escalando conforme a vontade alheia. Tem sido feliz em suas escolhas e também, quase sempre, nas trocas. Ainda penso que ele precisa comer muito arroz e feijão para ter o estofo de treinar o Internacional, mas, porque ele não pode surpreender a nós todos, afinal?

Eu quero ser surpreendido.

É preciso elogiar Rodrigro Dourado, que vem finalmente fazendo jus à titularidade. É preciso elogiar Rodrigo Moledo, o qual eu não levava fé, mas que deu uma solidez defensiva que propicia o seu destaque e do seu colega de zaga. Seria necessário criticar Pottker e Danilo Fernandes, porém não a farei hoje.

Por fim, falo da mudança de espírito e da questão da sorte. Até o time mais vencedor depende da sorte para lograr mais êxito. Sorte essa que não nos batia à porta fazia tempo. Era a bola que não entrava nunca, consagrando o goleiro adversário, era o sorteio que nos implicava o candidato mais forte. Não sei, mas aquele gol que nos deu a vitória contra o time paulista na rodada anterior, como foi, pareceu que fez desenterrar o sapo de vez. Tanto é que o destino nos foi generoso, novamente, garantindo a vitória nos últimos segundos do jogo de ontem.

Óbvio, não quero me iludir como já referi e reiterei. Mas como hoje, e por enquanto ‘só hoje’, to me permitindo, ousarei dizer a os bons ventos parecem estar de volta para os lados do Beira-Rio. E isso é uma questão, também, de sorte. Sorte a nossa.

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