PRIMEIRO PASSO

Novamente jogo controlado do início ao fim, sendo que o rival apenas tentou bola aérea no segundo tempo.
O jogo começou com um pênalti sonegado, em falha grotesca do goleiro e de toda a zaga rival. Ainda tentando entender o que o árbitro marcou para invalidar a jogada.
Depois foram uns 15 minutos de jogo nervoso, troca de passes meio aleatória, com times marcando forte no meio e sem muita opção de jogadas. O rival marcava e tentava bolas longas nas costas dos laterais, o que levou Roger a pedir atenção e reposicionar os laterais um pouco mais para os lados, nem tão perto dos zagueiros.
Aí o Inter tomou conta do jogo atacando cadenciadamente, e explorando a velocidade já perto da área adversária. O primeiro gol veio de troca de passes até achar Vitinho, que deu um drible desconcertante no marcador e cruzou certeiro para BH, mas um leve desvio mandou a bola para Carbonero, que foi absurdamente xingado por segundos que não chutou de primeira, mas agraciado com um gol de quem não fica nervoso dentro da área.
O rival nem respirou e levou o segundo, em bola esticada para Bernabei, em velocidade, com cruzamento atravessando a área e encontrando Alan Patrick.
O Inter até cedeu uma chance, mas o uruguaio dominou mal e Anthoni segurou.
O segundo tempo foi de desespero total do rival, jogando bolas longas e bolas aéreas sem muita direção, tentando conseguir bolas paradas para alçar na área. A escalação sem meio ajudou muito o Inter, que dominou o setor e o jogo, correndo os riscos apenas nos chuveirinhos.
Vitão e Vitor Gabriel fizeram belíssima partida, e Aguirre e Bernabei foram muito bem pelos lados, tanto na frente como defensivamente. Lamento apenas o chute de Aguirre que poderia ter feito o terceiro se não chutasse no óbvio, mas a jogada valeu.
O meio marcou bem, com Vitinho e Carbonero fechando, deixando Alan Patrick para receber a bola recuperada. Alan Patrick visivelmente sem ritmo, mas cadenciando o jogo e irritando os marcadores como só ele consegue fazer.
O cansaço dos 35° graus foi tirando os jogadores do time, principalmente quando o adversário abriu mão do meio campo para jogar bolas na área, e também lamento Wesley não ter sacramentado uma vitória por mais gols.
Talvez o Inter pudesse tentar atropelar o rival, mas o calor e a quantidade de lesões do time não aconselhavam a empreitada. No melhor momento do time, quando desnortearam o rival com o segundo gol, a parada técnica veio salvar um possível placar mais dilatado.
É uma enorme vantagem, mas não é o título. Há um segundo jogo em que um gol pode mudar a figura da vantagem, e tenho dúvidas se a pseudo neutralidade da arbitragem vai ser tão discreta. O fato é que o Inter não deu sequer margem para interpretação em nenhum lance, e assim tem que ser no segundo jogo.
Agora é descansar, comemorar o resultado, e trabalhar para que Alan Patrick e Wesley estejam mais preparados, assim como o resto do time. Foi um passo gigante!