4.8
(16)

De “não foi um bom jogo” em “não foi um bom jogo”, o Inter tem acumulado vitórias, e, salvo um cataclismo no próximo sábado, estaremos na final do Gauchão depois de longos anos.

Não dá pra reclamar muito, estamos sendo pragmáticos em um campeonato que engana muita gente em termos de qualidade.

Claro que não foi o jogo fácil que esperava, só tinha visto o Caxias uma vez, e era um time que deixava a defesa mano a mano. No sábado, contudo, veio fechadinho, com dois atacantes marcando na linha do meio campo, tentando encurtar o campo.

Nesse tipo de jogo, que já se repetiu no gauchão, não entendo por que Roger não estica o campo usando os pontas. O primeiro  gol saiu assim, em bola esticada, e nossas melhores chances foram de jogadas agudas pelas pontas.

Desta vez, Wanderson e Carbonero não ficaram trocando de posição, e Carbonero jogou mais pelo meio, onde não conseguiu articular as jogadas. O Caxias optou por só se defender, e aí a bola voltava para o Inter em cada erro de ataque, mas com pouco deslocamento para dentro da área, onde Valência ficou isolado. Roger conteve o time segurando um pouco os laterais e recuando Fernando para a saída de bola, e faltava gente no ataque.

O Caxias até se assanhou em determinado momento, mas não tinha nenhuma produção ofensiva, e, mesmo quando o Inter recuperava a bola, faltava gente para organizar o ataque e gente atacando.

O segundo tempo mostrou um Inter um pouco mais agressivo, com os laterais mais avançados, mas ainda sem alguém para distribuir o jogo de forma mais técnica.

Sem Alan Patrick, o time perde essa distribuição, e isso pode ser compensado com mais movimentação e gente aparecendo para receber a bola, e não tivemos isso.

De qualquer forma, Bruno Henrique resolveu o jogo em dois passes muito bons, deixando Vitinho em condições de marcar, e não refugou.

Poderíamos ter ampliado, mas erramos, e poderíamos ter levado um gol na única chance clara do Caxias, que Richard desperdiçou.

Prado entrou e mostrou que voltou com vontade da seleção, e não entendi muito bem ter entrado pelos lados e não pelo meio, onde foi bem pela seleção, e onde precisamos de gente.

As demais substituições não mudaram o jogo e ainda preservaram os jogadores, mas Roger poderia ter sido mais ousado e colocado Yago no time. Definitivamente, Ronaldo serve como primeiro volante reserva, mas se atrapalha quando precisa jogar com a bola, e não deveria ser queimado na posição. Muito melhor já tentar um meia recuado, ainda mais com o placar e situação do jogo.

Agora é tentar recuperar Wesley e Alan Patrick para as finais, jogar com seriedade no sábado e tentar ajeitar a articulação pelo meio.

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