TRANQUILIDADE

O primeiro jogo no Beira-Rio foi tranquilo, sem sobressaltos, vitória por 2×0, dois gols de Borré, um de pênalti e outro em belo movimento, aproveitando o equívoco do goleiro.
O Inter ainda carece de gente na área, quando ataca, o que se deve ao lado direito estar totalmente novo, com Aguirre e Wanderson, ambos ainda tentando se entender, principalmente na parte ofensiva.
O jogo estava encardido no primeiro tempo, com o Inter passando a dominar as ações a partir dos 25 minutos, mas sem muita contundência, e jogando prioritariamente pela esquerda, onde o retorno de Bernabei deixou o time mais ofensivo.
Fernando no meio é certeza de distribuição de jogo e aceleração no passe, além de sempre estar bem posicionado. Não quero pegar birra de Tiago Maia, mas ainda está abaixo dos demais, tentando jogadas de habilidade em vez de fazer o mais simples e eficiente; embora não tenha comprometido.
O gol veio de um pênalti escancarado, que somente uma arbitragem mal intencionada não veria, e o VAR novamente ingressou com correção para marcar a penalidade, muito bem convertida por Borré, esperando o deslocamento do goleiro.
A vantagem fez Fabio Matias mudar no intervalo, e as mudanças fizeram com que o Juventude perdesse o meio campo e jogasse apenas em bolas longas. O atacante pela esquerda fez duas boas jogadas em cima de Aguirre, que escolheu errado o lado para marcar e permitiu um avanço que não gerou maiores consequências em razão do bom posicionamento da zaga.
Aliás, se vi erro de Vitor Gabriel no primeiro jogo, sábado fez partida sem erros, com segurança e ainda com bom posicionamento na bola aérea do ataque. Foi partida bem promissora, principalmente considerando a idade do zagueiro.
O ingresso de Bruno Henrique melhorou o time, novamente; o meia foi muito bem na marcação e não tem medo de fazer faltas na intermediária. Não sei se é jogador com bom custo-benefício, mas tem mostrado futebol melhor nesses dois jogos que o apresentado no ano passado.
Mesmo aparentando bom preparo físico, é nítido que alguns jogadores estão se poupando, em especial Alan Patrick, que não estica a perna para reter a bola; movimento de jogador experiente que sabe o tamanho do problema que isso pode causar.
Vitinho entrou bem pela esquerda, é bom jogador, mas temos excesso por aquele lado, e insisto que Wesley deveria ser tentado pela direita, onde fez bons jogos ano passado. Wanderson, deslocado, tem feito boas atuações, é jogador com boa disciplina tática, fecha o meio na marcação e tem bom drible e boa visão para a saída de bola, mas ainda falta segurança para ingressar mais na área.
Yago Noal fez sua estreia, pouquíssimos minutos já mostraram que é jogador liso, inteligente e que agregará muito. Sempre jogou de segundo volante, o meia que faz box-to-box que falta ao Inter e que é jogador essencial em toda montagem de elenco, mas foi usado na posição do Alan Patrick. Tem só 17 anos, vai evoluir muito.
Destaque para a jogada coletiva no segundo gol, com a reposição rápida de Anthoni, o belo passe de Alan Patrick e o movimento perfeito de Borré, tranquilizado o jogo.