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Talvez o título de hoje já tenha sido visto em algum filme, dos tempos que eu assistia tanta coisa que não consigo sequer lembrar de tudo. Por alguma razão que nem sei explicar, sempre gostei da sétima arte e, em algum momento da vida – já sem mais o vigor da juventude, porém antes de cair no ostracismo da velhice – meu hobby para além do futebol e o do Internacional foram os tantos e tantos filmes que assisti naquele velho vídeo cassete que tenho guardado como relíquia até hoje.

Sim, o mesmo vídeo cassete que comprei ao invés da máquina de lavar roupas, escondido na minha Senhora, obviamente.

Restam tão somente cinco partidas no ano para o Sport Club Internacional. É o tiro final para terminar a temporada, no mínimo, com dignidade. Matematicamente o sonho do tetra ainda é possível, contudo, em verdade isso parece algo bem mais de fábula do que de lógica. Aí surge um gaiato que diz que lógica e futebol nem sempre coadunam, eis que quando entram as fábulas no negócio: que viram muitas histórias e outras tantas lendas com o passar dos anos.

E tem razão, tal gaiato. O problema está muito mais em nós mesmos, na criação de mais uma expectativa que irá gerar mais um degrau de frustração nesta longa escada da vida que temos subido nos últimos anos em busca da glória. E de frustração o inferno Colorado já está cheio.

Como dizia, iniciando hoje à noite, nos restam cinco jogos, posto que na nossa saga particular dentro do campeonato somos o Clube dos Cinco. Cinco vitórias nos separam de algo maior, algo que pode conferir dignidade a toda uma temporada, assegurar alguns jogadores para o ano que vem e motivar outros tantos a quererem estar aqui. E como premissa maior, pode (e deve!) garantir que, enfim, consigamos transformar um final de temporada esperançoso em um começo de caminhada que nos levará aos tão esperados títulos na jornada seguinte.

Chega de ser o Clube do quase!

Na partida de largada pro tiro final, jogaremos no Rio de Janeiro que já teve mais glamour, mesmo para este velho que sempre foi um entusiasta da beleza carioca. O adversário talvez represente um pouco disso, vivendo de glórias do passado enquanto tenta achar um rumo no presente em busca de algo para chamar de seu no futuro. Tal tônica é a mesma para muita gente e essa definição parece um filme que passa em nossas próprias cabeças. É o melhor time do Vasco em muito tempo, mas a equipe do Inter não tem tempo para pensar nisso e muito menos para se compadecer.

Tem que voltar de lá com a vitória.

Não por causa de estatística e, sim, pela necessidade própria e na ânsia da dura realidade que nos obriga a vencer de qualquer jeito. Só assim é que a corda seguirá esticada e foi deste jeito que fomos à desforra nas últimas vezes. Tem que ganhar pois só assim chegará a algum lugar, mesmo que não saibamos que lugar é esse neste momento.

Visitante frequente da locadora do Zé, tudo começou a mudar no dia que cheguei lá e entusiasmado ele me mostrou uma caixa com todos os filmes do “Poderoso Chefão” condensados em um disquinho. Não tardou para dali adiante abandonarmos as fitas em troca do DVD. E mesmo lá no fundão de campo do interior, o Zé pouco tempo depois vendeu todo seu acervo de cassete e passou a somente investir em DVD. Nem mesmo eu, um devorador de filmes, tinha um aparelho para rodar aquilo ainda. Mas o Zé era um visionário.

Independente de onde chegaremos ainda nesta temporada, precisamos ser visionários e acreditar no que vem pela frente. Para tanto, este nosso “Clube dos Cinco”. E com isso, chegará o dia em que o Internacional nos mostrará de novo que nunca deixou de ser o Poderoso Chefão.

Venceremos!

 

CURTAS                                                                              

– Professor Roger Machado, junto com o vencedor Paulo Paixão, tem a missão de manter a corda esticada;

– Enner Valencia desencantou na sua Seleção. Que tenha trazido na bagagem de volta a vontade que perdeu outrora em alguma encruzilhada;

– Mas a verdade é que não sabemos o quanto os selecionáveis aguentarão em campo;

– Veremos Braian Aguirre, vulgo Café, estreando pelo Colorado, enfim. Como nem tudo são flores, na lateral esquerda hoje é uma assombração;

– A filial até quis fazer uma graça com a matriz. Só que no final das contas apenas mostrou qual (quase) sempre foi sua serventia. Ou a falta de;

– Já estamos garantidos na pré libertadores e agora vamos assegurar a vaga direta na fase de grupo. Todavia, já adianto aqui antes mesmo da nova temporada começar: precisamos voltar a ganhar o que é nosso, no nosso chão. Antes de tudo. Eu quero mesmo um fandango com o gauchão e um carnaval com um título nacional.

 

 PERGUNTINHA

Vamos para os últimos cinco, Povo Colorado?

 

É só querer Internacional. Que assim será…

PACHECO

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