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Há algumas semanas inventei de bobear com um conhecido, ele corretor de imóveis, que estava interessado em colocar meu carro num negócio, inclusive em imóvel acaso de ocasião. Pois bem. Dois dias depois ele disse que se interessava pelo meu carro mesmo sem o imóvel. Confesso que achei que era brincadeira. Outros dois dias e ele já havia vendido o carro dele e veio buscar o meu. Vendi e lhe entreguei. A uma que julguei ter dado a minha palavra que assim o faria; não havia como voltar atrás (ao menos para mim). A duas que tenho razões suficientes para acreditar que quando acontece isso, melhor aceitar que o destino é distante do bem. Vão se os anéis e ficam os dedos; outra hora explico.

Passei a andar de carro de aplicativo, sem o mesmo romantismo que o velho e bom carro se praça acredito que sempre teve. Para um índio velho adepto às velhas cartas e a Kombi que fazia a linha, pedir corrida pelo celular é quase que moderno demais. Fazer o quê se o tempo passou e parado eu fiquei no mesmo lugar… Mas para bem além do meu gosto pessoal pelo serviço, a verdade é que velho estou e cada vez mais chato; e velho chato é melhor ter seu carro próprio e, com isso, garantir a liberdade de viver a vida ao seu tempo e na sua própria pressa.

O resultado da partida de ontem para o Internacional parece minha realidade andando sem carro: não é o ideal, contudo o que temos para o momento. Com um jogador a menos ainda em meados do primeiro tempo, ademais, também não haveria muito a se reclamar. Era o empate ou provavelmente nada. Tal qual minha ida ao baile da veiarada na segunda à tarde: era de carro de aplicativo ou provavelmente não haveria baile nenhum.

Empate pro Inter até não ficou de todo pior. Minha não ida ao bailinho até que poderia ter sido lucro.

Sob o aspecto desportivo, todavia, não posso deixar de destacar a pouca ambição do nosso treinador quando a partida é fora de casa. Aliás, ele lembra um prata da casa que tivemos aqui recentemente e que leva no sobrenome iguaria que se encontra em qualquer bolicho ou mercadinho por aí. E com isso não senti o time muito motivado para além do empate ou para eventual sorte de algum gol achado quase que numa circunstância atípica. E isso diz muito até onde poderemos chegar.

Sem ambição muito longe não se vai. Vale para o futebol e para a vida também.

Quem sabe o Internacional até ambicionou algo grande à temporada. Não conseguirá. Pois lhe cabe agora revisar seus interesses e assim fazê-los de cabeça erguida. E apesar dos líderes cada vez mais desgarrados na ponta de cima da tabela. Assim como quem sabe eu próprio ambicionei um carro novo, melhor que o anterior. Não conseguirei. Pois me cabe agora revisar os meus interesses e dar um jeito de assim fazê-lo de cabeça erguida. E apesar dos preços atuais pornográficos dos veículos.

Só que sem ambição me restará ter de aceitar a realidade imposta pelos carros de aplicativo e a necessidade de andar carregando um telefone por aí. Bem como sem ambição restará ao Internacional a realidade do meio da tabela e a conjuntura de restar cada vez mais coadjuvante no cenário futebolista.

O meio é longe do fim e na mesma distância do começo. E de regra, nos leva do nada a lugar algum.

Para a vida e o futebol, logo, sem ambição não há um bom destino.

 

CURTAS                                                                              

– Professor Roger Machado a meu ver ainda está devendo bastante no campo tático;

– Mas também é verdade que dado o contexto do jogo e as circunstâncias da partida, o ponto ganho é de se comemorar;

– Para além da má fé do árbitro e da arbitragem, é preciso lamentar a frescura que virou o futebol que, outrora, era jogo de contato. Não isento Rogel, todavia, não lhe culpo também;

– Me corrigindo: Valencia está mal, é verdade. E parece estar satisfeito com isso, data vênia;

– Anthoni, o melhor pegador de pênalti dos goleiros Colorados, merece já ser o reserva imediato;

– Passou da hora de engatarmos uma sequência de vitórias. Essa água morna não nos levará a lugar algum;

– Nosso novo Vice de Futebol, o Bisolinho, não afinou para a arbitragem e em curtíssimo espaço de tempo já fez mais que todos os seus antecessores nesta gestão;

– Soube que o Presidente bateu na porta do “crítico” pau mandado da imprensa e esse ‘arregou’, como dizem os jovens atualmente. Tivesse feito isso desde o começo a conversa hoje certamente seria outra.

 

PERGUNTINHA

De bom tamanho o resultado, Nação Colorada?

 

É chegada a hora de ambicionar o Internacional no lugar onde ele tem que estar!

PACHECO

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