4.9
(10)

Foram três pontos importantes, em momento decisivo, em jogo totalmente dominado pelo Inter, sem sustos.

Ainda que o Cruzeiro tenha vindo de dois jogos desgastantes e tenha jogado com alguns reservas, não é um time ruim, mas foi subjugado nos dois tempos, sendo que, no segundo, foi pressão o tempo todo até o gol.

O Inter não jogou diferente, mas Roger usou os jogadores que se adaptam ao seu esquema. Borré é o atacante de área que ele não teve antes, e Fernando é um volante de tirar o chapéu.

Mas o time não apresentou muita evolução em termos táticos, segue com a mesma saída de bola, com o segundo volante adiantado e com o meia de ligação sem participar da quebra das linhas.

No entanto, Roger não repetiu a burrice de manter Gabriel fixo na ponta direita, e proporcionou que ele, Wesley e até Tabata, trocassem de posição. Não por acaso as melhores jogadas ocorreram com Gabriel fora da ponta direita.

Com esse esquema e saída de bola, ainda que o Inter tenha sido dominante, foram poucas jogadas construídas, sendo a maioria das chances em bolas recuperadas. O time segue sem triangulações ou aproximações quando encontra uma defesa postada, e segue sem velocidade pelo lado direito, já que concentra a velocidade em Bernabei e Wesley. Antes tínhamos a opção de Bustos, agora nossa velocidade é só de um lado, o que facilita a marcação.

O Inter perdeu gols, e disse em um comentário na semana anterior que perder gols é parte do jogo, e que os gols saem quando mais chances são criadas, por isso era essencial que o time jogasse mais e tivesse mais jogadores na área. Borré teve quatro chances, fez um. Valência teve uma chance, e Thiago Maia uma também.

Rogel vai se afirmando, ganhando ritmo, se destacando na bola aérea, uma das nossas deficiências, mas a zaga continua lenta, e nenhum dos nossos volantes é rápido, ainda que Fernando tenha um posicionamento absurdo. Sigo sem entender Thiago Maia jogando avançado.

O time precisa ganhar mais alguns jogos para que Roger tenha tranquilidade para tentar jogar com Borré e Valência, mais Alan Patrick. Talvez passe por um time mais ousado, colocando Gabriel como segundo volante quando enfrentarmos times com menos qualidade e que se fecharão atrás em linhas de 5, e criar uma opção de velocidade pela direita, que, retomo, pode ser Wesley, ou, com Borré e Valência, acertando a movimentação para que um caia pela direita.

Tabata era uma peça que faltava no elenco com a saída de Maurício, pois é um jogador que chuta e gosta de aparecer na área, além de ter corrido bastante o tempo todo, inclusive pela ponta direita, mas creio que deveria participar mais da saída de bola, pois brigar pela segunda bola em lançamentos do goleiro não se sustenta contra times melhores.

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