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Ganhou o time que quis ganhar desde a escalação, e essa questão de querer ganhar é o resgate que precisamos ressaltar.

Em outras épocas, sucumbiríamos com o gol contra de um dos líderes do time, sucumbiríamos com um gol no início do segundo tempo quando estávamos mal, e pior, nos contentaríamos com um empate que nos favoreceria na tabela.

Faltando 10 minutos para acabar o jogo, Coudet troca dois atacantes por dois atacantes, quis ganhar o jogo e conseguiu.

O Inter viu o problema de suas carências. Um goleiro inexperiente, não é a idade, é o tempo de jogo, e o primeiro clássico. Titubeou, mas ganhou corpo no final.

Nos falta um volante que enfrente o ataque de frente, que dê o combate mais postado em jogos mais difíceis. Aranguiz já jogou como primeiro volante, mas em outro contexto, e é de importância singular para o time, carimbando quase todas as bolas do jogo, mas não é desse enfrentamento.

E nos falta um lateral esquerdo que entenda o tamanho dos jogos. Renê, principalmente depois das falhas contra o Flu, parece não ter compreendido a grandeza de alguns jogos. O gol contra tem um Anthoni vacilante, mas não é aceitável que um jogador experiente domine a bola querendo atrasar na pequena área, é bola para afastar.  No segundo gol, não se afasta bola contra o atacante na área, é bola pra jogar pra linha de fundo, isso se aprende na escolinha, isso se aprende com experiência.

As falhas do Renê nos atrasaram 30 minutos. O primeiro tempo estava um passeio, com o Inter jogando com os zagueiros na intermediária deles, como foi contra os times do Interior. Renato armou uma retranca com 4 volantes, e um jogador de velocidade, mais um trombados de centroavante, apostando no avanço do Inter e na velocidade do seu único atacante.

Levou um baile de movimentação de Maurício, AlanPa e BH, mas o gol do Inter não saía. O gol contra freou o Inter um tempo, e depois retomamos com o empate e quase ampliamos com AlanPa, mas o tempo perdido levou ao intervalo.

Tamanho o passeio que o Inter veio desconcentrado para o segundo tempo, e se surpreendeu com os ataques deles. Nada organizado, sempre com base na individualidade e trombadas, e assim saiu  o segundo gol.

O Inter se perdeu alguns minutos, passou a rifar bolas, mas veio Alário, com estrela, empatando no primeiro lance de área dele, e quase ampliou em bela jogada de Wanderson, Depois Maurício perdeu e Wesley também. Antes, Maurício tinha tirado Villasanti para dançar e Enner desperdiçou sem concluir.

O ataque cansou um pouco, reduziu a intensidade, e Coude trocou, levando Kanemman a outro pênalti decisivo, milagrosamente marcado por um árbitro que foi parcial o jogo todo.

Daronco é um capítulo separado. Travou o jogo, permitiu cera absurda, deixou Vilasanti em campo para tomar água e, principalmente, marcou falta em todas as bolas recuperadas pelo Inter na intermediária, ponto forte do time. Quando eles faziam falta para recuperar a bola, mandava seguir. Se perdeu ao não dar cartão na primeira entrada de Ely que jogou Enner na “pista de atletismo”, e não se recuperou mais.

O pênalti sacramentou a vitória do time que jogou para ganhar, e resgatou uma confiança do torcedor, que em épocas passadas, via o time melhor, mas levar gols aleatórios em momentos decisivos, e via pênaltis marcados em momentos igualmente decisivos.

A imagem do pênalti é clara, não há contestação plausível, só o choro de gremioplanistas.

Acho que uma goleada que todos esperavam não seria bom no momento; se já vacilamos depois de um passeio no primeiro tempo, imagine depois de um jogo todo, e precisamos estar muito ligados para as finais, seja lá contra quem for, porque o condicionamento da arbitragem já começou.

Parem de falar em VAR. Um VAR composto só de gremistas e parciais é pior que um árbitro gremista e parcial.

Agora é bola pra frente, esquecer o jogo, passar por cima do rio de lágrimas do outro lado e pensar no próximo jogo.

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