ILUMINADO

Na semana que passou se completou 48 anos do gol de Don Elias Figueroa que sacramentou o começo da epopeia Colorada e que culminou, naquela década de 1970, no melhor time que qualquer brasileiro viu jogar e que foi o único da história nacional a vencer, depois, de forma invicta.

A glória do desporto nacional, o time que nunca perdeu, começou naquela tarde de 14 de dezembro de 1975, em que o camisa 3 – de cabeça – cumprimentou Raul e se fez o mar vermelho no Beira Rio. O gol iluminado.

Iluminado…

Na vida temos muitas coisas que nem mesmo a memória mais sem vergonha é capaz de apagar. E pra mim sorte tive um punhado de lembranças marcantes, à maneira que vez ou outra algum causo por aqui ainda consigo contar. As lembranças dos momentos com a família, meus filhos e com o Internacional, felizmente, seguem ainda latentes e a espera do escrever das palavras, pois das coisas boas temos de sempre guardar e, como diz a geração atual, fazer backup.

Se algum dia a memória esquecer de algumas vírgulas, o papel ou o arquivo de computador, quiçá um punhado de fotografias, haverá de colocar tudo no seu devido lugar. Nada haverá de se perder no tempo.

Cheguei na Capital depois do gol iluminado de Figueroa, mas parece que ouvindo da narração do Haroldo, no velho rádio a válvula de meu pai, naquele ‘advinheeee’…, o que iluminou foi minha mente que enxergava o Valdomiro alçando a bola na área, batendo a falta que ele mesmo sofreu, para a testada do zagueiro chileno.

O Internacional ali se iluminava para o resto do país e a torcida sentia da satisfação de torcer para a glória do desporto nacional. Para o Colorado das glórias!

O gol iluminado de Figueroa acendeu uma luz que nos faltava e tanto por isso precisa ser reverenciado para todo o sempre. Todo o sempre.

Assim como o nosso Inter tem de ser reverenciado para o todo o sempre. Ninguém ganha por acaso, é iluminado por acaso, ganha de forma invicta por acaso, ganha três nacionais por acaso, duas libertadores, um mundial envergando um adversário poderoso. Nada é por acaso. Não, nunca foi por acaso na história do Sport Club Internacional. Não pro Colorado…

E é por isso que eu acredito no ano vindouro, na nova oportunidade que nos é fornecida de tentar ganhar tudo de novo outra vez, pois, como muito bem disse Quintana, “bendito quem inventou o belo truque do calendário, pois o bom da segunda-feira, do dia 1º do mês e de cada ano novo é que nos dão a impressão de que a vida não continua, mas apenas recomeça…”.

Que tenha o Internacional um 2024 iluminado. Que todos nós torcedores Colorados tenhamos um 2024 iluminado. Com fé e em paz com o Inter. Que tudo recomece…

O sol haverá de brilhar mais forte para nós novamente.

Vamo, vamo Inter…

CURTAS                                                                              

– Até gosto de filme de suspense, mas não me agrado quando envolve o Internacional. Tinha mesmo que anunciar logo a renovação do contrato de Eduardo Coudet e que bom que vai ficar;

– Ainda que seja, apenas, para que os jornaleiros de quitanda parem de ficar atochando dia após dia sobre o assunto;

– Sigo pensando que o número mágico de contratações à próxima temporada é 10. Número de craque;

– Não comento boato de contratação. Mas antes de saber do nome prefiro ter certeza que o cidadão quer jogar aqui. Em rio que tem tilápia, scarpa que fique dentro d’água. Veron que tem outras opções boas no mercado. Não precisamos de afobação, pois;

– A eleição acabou e quem ganhou, acredite, é Colorado também. Quem torce contra que trate de encontrar um novo time pois, no Internacional, nunca ganhamos nada cativando político de estimação;

– Não tenho bola de cristal, não jogo carta e nem sei como funciona o tal do tarô. Mas acredito, sim, que ergueremos uma taça em 2024. Premonição? Não, é a velha esperança de Colorado que não morre jamais!

PERGUNTINHA

Alguém duvida que o Papai Noel é vermelho?

Um Feliz Natal e um iluminado 2024 pra ti, meu bom torcedor Colorado!

PACHECO