AINDA NÃO
Ainda não foi dessa vez que o time do Coudet somou três pontos no Brasileirão, mesmo sendo jogo em casa.
Jogamos com quase todo o time reserva, e o que se nota é um padrão de jogo antes inexistente, e um lado direito mais operante, concentrando vários ataques por aquele lado.
Persiste a dificuldade de fazer gols, e já trato disso.
O Fortaleza, ciente de suas limitações, optou por um jogo de bolas longas para a velocidade dos pontas, e só funcionou duas vezes, uma em bola bem defendida por Rochet, e outra no pênalti meio arranjado, contando com a encenação do Marinho depois de uma disputa de bola. Eu teria dificuldades em marcar o pênalti.
Depois disso, o Fortaleza se retraiu mais ainda, e o jogo passou a ser de um time só no campo adversário.
Aí revimos a dificuldade de o Inter marcar gols em times retrancados, dificuldade que não é apenas do Inter, mas se acentua em nosso time.
Muito porque as poucas chances criadas não foram efetivadas, e nisso reside uma das reclamações constantes dos colorados, que é a ineficiência dos atacantes e do time como um todo dentro da área.
Isso porque não é aceitável que Luiz Adriano, sozinho, cabeceie no meio do gol, fraco, um cruzamento perfeito. Não é bola que se erre, assim como, depois, com o placar adverso, desfere, novamente sozinho, quase na pequena área, um chute fraco, no meio do gol. Essa falta de efetividade que não tem nos dado a vitória no Brasileirão, já que, como essa, Igor Gomes isolou uma bola, Aranguiz chutou por cima, Luiz Adriano novamente perde sem acertar o gol, e Bruno Henrique tentou passe de letra dentro da área. Essa ineficácia na frente do gol cobra o resultado.
Embora não goste de analisar jogo com um time retrancado, pois a ilusão é de superioridade total, sem o placar favorável, isso ocorreu e faltou a finalização correta para o Inter, muito porque nosso centroavante e o outro atacante, PH, estão passando por seca de gols e boas atuações, e nem digo excepcionais, mas razoáveis, pois PH entrou em um ciclo de impedimentos que não consegue evitar.
De destaque, Bruno Henrique tomou conta do jogo, com a armação e organização do time, embora não tenha a contundência para jogar contra retrancas. Desta vez, o time chutou pouco, talvez pelo posicionamento do Maurício mais pela esquerda.
O “ainda não” do título também serve sobre minha preocupação com a tabela do Brasileirão. Embora a sequência bem ruim sem vitórias nos deixe em posição preocupante, o Inter tem time para estar em lugar melhor, e tem jogado com time reserva, com alguns titulares ingressando no final dos jogos. Diferente de outros anos em que a posição não condizia com o futebol apresentado, mas, de qualquer forma, não podemos fingir que o campeonato não existe.
Lembro do Fortaleza ano passado, último colocado na virada do turno, e recuperou posições até a sul-americana depois de eliminado na Libertadores.
Como a ideia é ser campeão da Libertadores, não é possível pensar em recuperar posições só depois do título, de forma que Coudet terá de ajustar o lado esquerdo defensivo, e não será com De Pena improvisado, quando quiser usar a maior parte do time reserva.
Assim também, na frente, Lucca precisa ser testado, mesmo ao lado de Luiz Adriano, pois o guri já mostrou ter estrela e saber jogar pelo lado esquerdo do campo.
Achei que Coudet demorou muito para colocar Alan Patrick no time, já que é a melhor arma contra retrancas, juntamente com Wanderson, jogadores que tem bons resultados no 1×1.
Fora isso, uma péssima arbitragem que começou mal em não marcar falta evidente em PH, depois foi convicto em pênalti duvidoso, e deixou de marcar dois pênaltis claros a favor do Inter, sendo que, em Aranguiz, chegou a ser escandaloso. Meu ponto, sempre, é que no Brasileirão, temos que vencer a arbitragem também.