É COMO PERDE…
Eu estava programado para falar de mais uma vitória chorada ou algum empate sem sabor, quando cá estou para tratar de uma derrota acachapante. E em casa. E não foi acachapante pelo número de gols que tomamos, ainda que apenas dois – embora pudesse ter sido mais, mas pelo o que não jogamos. O ano inteiro.
Não é porque perde que preocupa, mas como perde.
E o Internacional, principalmente o que frequentou o campo na segunda etapa, perdeu de forma acachapante e vergonhosa. Amorfo, desorganizado, destreinado, descompromissado, leniente, acabado. Adjetivos não faltam para esse time e não é só para a partida de ontem, e sim para quase meia temporada de nada com nada. Absolutamente nada de nada.
Não é porque perde que preocupa, mas como perde.
E perdemos ontem antes mesmo de tomarmos o primeiro gol. Qualquer pessoa sensata, ou mesmo o torcedor mais passional, sabia que o gol adversário era questão de tempo, que a desforra adversária aconteceria a qualquer momento. E aconteceu. E para não bastar o desalento nosso de torcedor, atuação patética após atuação melancólica – jogo após jogo, ainda foi com requinte de crueldade, tomando gols com plasticidade.
Dois tapas na cara sofridos, não pelo adversário e sim do nosso próprio time.
Simplesmente nossa defesa terminou. E não me venham culpar somente a falta do centro médio. Já encaramos campeonato nacional com Reginaldo de camisa 5 e não vejo nenhum dos atuais piores que esse. O buraco é mais embaixo. E estamos afundando mais e mais a cada nova partida.
Eu sem os dois joelhos tenho mais poder de marcação que qualquer um dessa defesa mole do Colorado. Ninguém dá bote, vai pra cima do adversário, morde a bola. Marcam meramente cercando como se estivessem caçando javali, só que morrendo de medo de sofrer um bote de volta. O time não tem mais identidade, brio, interesse; tampouco demonstra qualquer perspectiva de que, como está e sob este comando, vá conseguir sair sozinho do atoleiro.
Não é porque perde que preocupa, mas como perde.
E como se perde gols, antes das derrotas chegarem. Se conclui mal e se passa pano para jogadores que são bons de resenha, porém que se mostram alheios à realidade do futebol do Inter e, principalmente, ao compromisso com o resultado.
Os problemas são muitos e a solução não é única, mas algo precisa ser feito de forma imediata. Da minha parte estou já fadigado de ver o time ser um nada em campo. Um amontoado.
E o que mais desanima é que nem treinador e muito menos a diretoria parecem saber as razões da boca braba. E não sabem como perdem, pois sequer sabem como ganham. Talvez tenham chego até longe demais vagando a esmo sem rumo no mundo do futebol.
Pobre Internacional na mão de pessoas tão desqualificadas como essas. Que se não sabem como perdem, não mais aprenderão como se ganha.
Com o Inter mais uma vez ficando pelo caminho…
CURTAS
– Mano Menezes não merece qualquer boa vontade minha;
– De relegado ao ostracismo, Estevão ontem virou solução. Treinador tá torrando jogadores com a torcida. Pra que insistir no Keiller?
– Ao colocar o garoto Lucca tenho certeza do que disse ao seu ouvido: entra e te vira;
– Na parte física nosso time é uma ejaculação precoce. A intensidade é só nos primeiros minutos;
– Caricaturas de boleiro: Bustos, Vitão, De Pena e Wanderson;
– No nosso goleiro é só chutar e correr para o abraço;
– Duvido que ter um executivo de futebol faça alguma diferença. Este que aí está é cavalo de Tróia;
– Eu até tinha um pouco de pena do Vice de Futebol, colocado meio na fogueira. Mas agora vejo que pena mesmo tenho que sentir de nós torcedores…;
– Conheci um grande advogado que disse que defender inocente era uma tarefa ingrata; não havia outro resultado possível que não a absolvição. Não vou, pois, adentrar no mérito, agora, do episódio Maurício e máfia de apostas, sob pena da absolvição não bastar depois;
– Alessandro Barcellos vai conseguir terminar seu mandato, se conseguir, cometendo os mesmos erros todas as temporadas em que esteve no comando do Clube. Impressionante o amadorismo. Já pode pedir, agora, música no Fantástico!
PERGUNTINHA
Até quando nós vamos tolerar esse nada, Torcedor Colorado?
Nada vezes nada é o que viramos, infelizmente, meu Povo do Inter. Mas não vamos nos entregar “pros home”!
PACHECO