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Nunca servi para tiete, embora já tenha cruzado com bastante gente famosa nos meus áureos tempos no velho Rio de Janeiro. De sentar ao lado num banco de aeroporto e não mudar nada em minha vida. Tampouco tenho fotografia com jogadores de futebol, embora hoje lamente isso, em face de alguns personagens que agora compõe a história do Internacional.

O mais engraçado disso é que na única vez que fugi um pouco da minha sina de não ‘tietar’ ninguém, ainda foi meio sem sentido: estava eu e o guri mais novo num dia de semana aleatório no Beira Rio e nos deparamos com o centroavante Luiz Cláudio, que recém havia feito um belo gol de bicicleta em clássico. Fiz o guri tirar uma foto com ele. Não faço ideia onde está tal fotografia hoje em dia. Aliás, naquela mesma oportunidade demitiram o treinador Zé Mário e pude acompanhar de perto o bastidor da queda.

Criava-se ali mais um recomeço na história do Internacional. Salvo engano, depois veio o tetra campeão Carlos Alberto Parreira, que mostrou suas qualidades, tendo em vista que o time que comandava era de chorar de ruim.

A propósito, a gestão do atual presidente lembra um pouco a do presidente Fernando Miranda. Não, obviamente, na personalidade, mas na construção de um projeto diferente. Antes do Miranda também contratávamos jogadores à balaiada; principalmente veteranos em fim de carreira. Tal qual como agora, a meta é apostar em jogadores jovens com potencial de revenda no futuro. Foi na gestão Miranda – até então, a maior venda de jogador da nossa história, condição esta repetida há pouco na gestão Barcellos.

E sabem qual a maior semelhança dentre as gestões que está se desenhando? Pois então, Miranda até que quase bateu na trave, mas não ganhou nada. Vejam que até mesmo no campo político a coisa converge: tal qual naquela época, os perdedores de hoje seguem minando o trabalho atual, utilizando-se de “amigos” que aqui e ali tem alguma influência. Mas não é mentira que mesmo com boa vontade, Fernando Miranda foi à nocaute ao término de sua gestão e nunca mais quis saber da política do Colorado. Em suma, vou parar por aqui antes que fale demais.

Li certa feita em algum lugar, talvez por aqui mesmo – não sei, que dar palpite sobre futebol e sobre o Internacional (ou qualquer outro assunto) é a coisa mais fácil do mundo: basta saber das notícias ao menos pela metade e sair tecendo todo ou qualquer comentário sobre tudo. Ou mesmo sobre nada. De alguma forma, ao ficar criando esperança aqui, no time do Internacional, acabei por me colocar na mesma prateleira de tantos que hoje falam do Colorado: os vigários da informação. Está certo que eu aqui não dou notícia, mas sim transmito sentimento; só que ainda assim fiquei com a impressão que lesei a boa vontade dos amigos que neste BV semanalmente me acompanham.

O problema, senhoras e senhores, é que mesmo já tendo visto de tudo em matéria de Sport Club Internacional, a verdade é que eu, de fato, me iludi mesmo e achei que o título despontava, assim, como que um “rio grande na garupa”. Errei, peço desculpas. Levantei, bati o pó que a minha bombacha lambeu no chão e estou de pé novamente. Afinal, é assim que vivemos, nós Colorados, desde muito: apanhamos, levantamos; apanhamos mais uma vez e seguimos levantando. Não cansamos de apanhar e levantar. Sabem por quê?

Pois eu tenho certeza que chegará o dia que vamos bater! E neste dia, não terá para ninguém, venceremos por nocaute.

Nocaute!

 

CURTAS                                                                              

– Nem eu sei o motivo, mas admito que sou fã do personagem Rocky Balboa. Se me cruzasse com o Stallone, quebraria me voto moral e seria obrigado a bater uma chapa com o mesmo;

– A mudança de fotografia, enfim, é vista no grupo Colorado. Legado da gestão atual. Mas resta um e, provavelmente, o principal;

– Se foi o Caio Vidal, nosso vigarinho da bola. Agora é tudo contigo, Dvd;

– O cidadão some nos jogos mais importantes, se acha craque e agora aponta o dedo para jornalista em treino. Pro guri e não o nego véio. Não conheço definição diversa…;

– Parece que a diretoria, enfim, acordou pra vida e resolveu revidar um pouco das porradas que toma. Pena que o faça já quando – só – não tem mais nada a perder;

– Um grande narrador de rádio se define pela emoção que consegue passar usando somente a voz. Faleceu Armindo Antônio Ranzolin, voz de grandes glórias Coloradas. Dos grandes, senão o maior do rádio gaúcho;

– “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente!” Inexiste qualquer outra frase que combine tanto com a nossa vida, Povo Colorado.

 

PERGUNTINHA

Será o próximo presidente a colher os frutos então semeados?

 

Torcedor Colorado: resiliência!

PACHECO

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