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Que tarde maravilhosa!

Estádio cheio, jogo no horário clássico, clima ajudou, mas sobretudo o time ajudou.

Mano montou o time com o que tinha de melhor, Renê e Bustos são acréscimos, e Alemão vai se firmando como necessário no time.

O Galo veio para se recuperar, é um grande time, com excelentes jogadores, embora a gravitação em torno de Hulk prejudique a equipe. O Inter soube conter os avanços, correu riscos, e ganhou porque soube o que fazer com a bola.

Quando o Atlético tomava conta do jogo com passes rápidos e deslocamentos, Maurício acertou um petardo de fora da área, típico de jogador que chuta, e arrefeceu o adversário.

Novamente, quando eles tentavam se impor, Edenílson faz bela jogada e Wanderson, dando um drible sem a bola em Mariano, aparece livre para chutar e fazer o segundo. Jogada ensaiada, cruza para onde o jogador deve estar, e mérito do Wanderson.

O terceiro, logo depois foi uma catarse, novamente Maurício puxa para o pé esquerdo e coloca fora do alcance do goleiro.

3×0 em trinta minutos, e o Galo seguia com seu jogo. Antes do segundo gol, há uma jogada que não pode ser esquecida. Começa com Renê no lado esquerdo, e é construída por todo o lado, com Pena, Wanderson, Maurício, Alemão e a conclusão de Maurício, acho que na pequena área. Seria um golaço de vinheta, de como envolver o adversário em toques e deslocamentos.

A partir daí, o Inter passou a se defender, já com o placar assegurado. Daniel faz importante defesa, essencial para o placar, na infiltração de Ademir, reflexo ou susto, mas defesaça, que fez o time ir para o intervalo com boa vantagem.

Cuca ajudou o Inter no intervalo, tirou Ademir, o melhor do Galo e o único que oferecia perigo na jogada individual e infiltrações. Vargas e Pedrinho deixaram o time mais ofensivo, mas sem a jogada individual que levava perigo pelo lado esquerdo.

O diferencial do Inter de outros jogos é que, se não estou enganado, é a quarta ou quinta partida em que Edenílson joga como volante, em uma linha atrás de Maurício. Com Mano, talvez tenha sido o terceiro apenas. Ed, jogando na dele, como volante que marca e aparece na frente, sem responsabilidade de construir jogadas, é jogador que serve ao time. Em diversos outros jogos, Maurício jogava mais recuado que Edenílson, e este ficava espetado na ponta ou recebendo as bolas para armar o ataque ou contra-ataque. Mesmo com A Patrick no time, Ed jogava adiantado. Na dele, onde sempre jogou, o time cresce.

Claro que Bustos ajuda muito. Essa propensão ao ataque e chegada em velocidade fazem o lateral ocupar um espaço que ninguém deve incomodar, e ainda defendeu com Keno e Arana do seu lado. Há muito tempo não tínhamos um lateral com tantas qualidades.

Gabriel é um desarme ambulante, vai em todas, caça o adversário, incomoda, e organiza o meio, com De Pena do lado, regendo o ritmo, marcando e, principalmente, organizando o time. De quebra, ainda aluga espaços gigantescos na cabeça dos adversários, peitando árbitros e jogadores. É outro time.

Alemão merece destaque, brigador o tempo todo, retém a bola, aprendeu a jogar em equipe, mas cansa de tanta entrega.

No segundo tempo, Mano mostra que aprendeu com o jogo contra o Corinthians, colocou Johnny e Pedro Henrique quando o Galo ensaiava reação, buscando a bola aérea. Novamente Daniel faz defesa incrível em momento crucial do jogo, em que um gol poderia dar ânimo ao Galo. Foram três defesas espetaculares, e a sorte dos desvios não chegarem ao gol. Vitão até que tentou.

A partir dos 20 do segundo tempo a vitória se consolidou, o Galo arrefeceu, tentava mas não conseguia o gol, o Inter se defendia e pouco articulava os ataques, e nem precisava. O ingresso de Romero nos fez ver como tem velocidade e será muito útil ao time. Mano alterou o posicionamento, fechando meio e os lados, deixando só Romero na frente, ciente da velocidade de PH pelo lado.

Maurício merece o destaque da tarde, dois gols e a armação do time o credenciam ao lugar de A Patrick, deixando Taison para outra função, na hierarquia de Mano. Mas segue com um tempo de jogo bom apenas, e precisa mais.

Achei pênalti no Alemão, o enrosco das pernas é no momento do chute, e há ação do jogador adversário colocando a perna sem tocar na bola, mas é uma alegria ver gols sem a necessidade de intervenção do VAR.

Enfim, uma tarde maravilhosa, três pontos, três gols e um bom embalo para a Sul Americana na quinta.

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