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Se considerarmos a falta de Alan Patrick, Bustos, Wanderson e um centroavante, foi um jogo muito bom do Inter.

A sensação de que, com um 9 titular, e não precisa ser um cara se seleção ou super goleador, estaríamos em outro patamar, segue forte e generalizada. Até não perdemos gols de centroavante no sábado, mas parece que o time joga sem uma posição, e isso que Alemão tenta e se esforça ao máximo, mas lhe falta a consciência do jogo coletivo, a movimentação do atacante goleador para finalizar as jogadas.

Nem vou falar do Wesley, que, em um contra-ataque, se deslocou para a lateral do campo em vez de ir em direção à área. Inexplicável.

Minhas preocupações com a zaga não ocorreram. Embora nossos jovens zagueiros ainda tenham déficit na bola aérea, não dá pra dizer que comprometeram. Acho que tem um cabeceio deles sem marcação, mas Moledo e Mercado ainda passam mais segurança.

Heitor não fez um jogo ruim, confesso que esperava uma avenida, mas foi bem na contenção; só segue tendo sérios problemas quando a bola vem por cima, fica sem noção de profundidade do campo, inaceitável para um defensor.

No meio, Mano convenceu Edenilson a jogar mais recuado. Na verdade, a presença de Pedro Henrique pela ponta inibe a presença de Ed por lá, e o faz um jogador mais útil. Mas procurem uma jogada de Ed e Pedro Henrique, e acho que não vão encontrar. Ou Ed e Heitor.

Do outro lado, Maurício supre as necessidades do meio, e o time fica mais organizado com ele, embora goste mais quando atua pela direita. De Pena e Moisés cuidavam de atacar pela esquerda, e de De Pena que saíram nossas melhores jogadas, e até um gol de cabeça dá pra considerar perdido.

Pedro Henrique segue sendo nossa melhor surpresa do ano, embora tenha sido econômico nas arrancadas no 1×1. Quando fez, faltou centroavante.

No segundo tempo, o Athlético veio diferente, mais aberto pelos lados, o que complicou o Inter. Com o campo maior e com viradas de jogo, o Inter perdeu a marcação eficiente do primeiro tempo, perdeu a bola no pé e o furacão cresceu. Dessa vez, Mano viu, mas em vez de trocar o marcador que não dava conta, tirou o articulador e adiantou o marcador.

A marcação ficou mais eficiente com Johnny, e De Pena, cansado, assumiu o controle da bola. Ed, em diversas situações, inclusive no que seria nosso melhor contra-ataque, não conseguiu dominar a bola. Wesley segura a bola melhor que Alemão, mas as escolhas seguem sendo muito ruins, e ninguém o substituía na frente quando recuava.

O jogo se encaminhava para o empate, e o Athlético já tinha se conformado, quase aliviado, com o resultado, principalmente pelo que foi o Inter a partir dos 15 minutos do primeiro tempo até o final dele.

No último lance do jogo, Johnny quase faz o gol, e um leve toque do lateral esquerdo livra o mandante da derrota.

Ficou a sensação de que poderíamos ter ganho o jogo, mais pelos 30 minutos do primeiro tempo do que pelo último lance.

De destaque ruim, a arbitragem não deu cartão amarelo para o gol de mão do Terans (acho), que tentou enganar a arbitragem e deveria ter levado o cartão. Não que alterasse o resultado do jogo, mas é inaceitável descumprir uma regra tão clara. Novamente a falta de critério uniforme se destaca na arbitragem brasileira.

Não esperava nada da narração de um canal identificado, mas me surpreendeu uma certa isenção nos comentários. Talvez pela presença de Sobis na narração, fazendo comentários mais sobre futebol do que sobre o jogo, mas é fato que já vimos narrações e comentaristas mais “isentos” do que os identificados. Elogiavam muito mais as imagens geradas e posição das câmeras (algumas até foram motivo de piada) do que o time. Mesmo torcendo, conseguiram ser mais equilibrados que os globais.

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