Fim de mandato

Começando pela lógica, a estreia do Internacional do Campeonato Gaúcho de 2022, vos digo que foi dividida em três atos: primeiro, um time que parecia se aventurar num jogo treino, perna pesada e ainda aprendendo as posturas táticas determinadas pelo novo técnico – que aliás parece gostar de linhas adiantadas que precisam ser melhor treinadas já que sofremos algumas bolas nas costas. O destaque positivo foi tão somente Daniel e o negativo foram ambos os laterais, insuficientes, ao menos, para titularidade;

Depois, já no segundo tempo, foi o time estreando no campeonato com vontade, fazendo dois gols e mostrando um repertório tático que, em que pese ainda o início de trabalho, pareceu que pode nos trazer algumas boas perspectivas. Destaques positivos para Boschilia, Maurício e Yuri Alberto (último jogo com a camisa Colorada?); os destaques negativos foram Rodrigo Dourado que representa justamente a falta de perspectiva, pois, com o jogo na mão foi lá e fez um pênalti juvenil, e alguns com atuação água morna, nem mal nem bem;

Por fim, um ferrolhão gaudério de fazer jus à final de campeonato: 3 zagueiros, 4 volantes e um técnico que já mostrou a que veio e não tem medo de deixar bem claro que, o que vale realmente são os 3 pontos na tabela. Errado? Não tá!

Enfim, o que menos importava na teoria era o resultado, afinal, temos tão somente 15 dias de trabalho. Mas ganhar é sempre muito bom e ganhar do time da polenta na casa deles é sempre ainda melhor.

Então, vamo Inter (!) que o ano tá só começando.

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Certa feita eu falei por aqui que, basicamente, opinar sobre o Inter ou qualquer outra coisa era bastante simples: num mundo em que qualquer porcaria hoje em dia ganha credibilidade e “seguidores”, ser honesto para com quem recebe o que você escreve é uma obrigação de quem respeita o leitor e a palavra. Posso ter errado muitas coisas por aqui, acertado outras; minhas opiniões nem sempre foram as melhores, algumas até podem ter sido; eventualmente bati de frente com a própria lógica da coisa, errei – admito, mas sempre busquei transparecer a honestidade que carrego comigo na minha vida fora deste ambiente. Também não concordo com muita coisa que falam e escrevem por aqui, inclusive de colegas Colunistas, mas vivenciar uma democracia é colocar o respeito para com o próximo (e suas opiniões por piores que possam parecer) acima de convicções ou gostos pessoais.

Pois foi num 25 de janeiro, de 2018, que comecei minha trajetória de Colunista aqui do BV. Por este espaço passou e passa muita gente boa. E se nunca mencionei aqui, imperioso fazer uma reverência pública a Louis Schroder que propiciou à torcida Colorada um canal direto, sem intermediários à época (e sem o frisson de redes sociais e talicoisa), para que pudéssemos nós torcedores Colorados ter voz ativa sobre as coisas do time e do Clube. Canal que segue vivo e fazendo história. Aliás, agradeço também ao Boss pela oportunidade a este que vos escreve concedida e à confiança durante este tempo todo.

Só que fosse este um mandato eletivo, a luz do que preconiza a legislação pátria pertinente, meu mandato (4 anos) efetivamente se encerrara na última terça-feira, dia 25, repisa-se. Foram bons momentos por aqui, outros nem tanto – tudo às custas do time do Internacional, mas ficam e ficarão sempre as melhores recordações do tempo em que por aqui convivemos de alguma forma. Adianto que ninguém me pediu para entregar o cargo; o faço, portanto, pela livre e espontânea consciência de que renovações são sempre saudáveis para ambos os lados. Ressalvo, todavia, que a legislação pátria pertinente também admite reeleição e, quem sabe, eu até possa ser reinvestido no cargo para mais um mandato. Quem sabe.

Termino (a princípio), todavia, da mesma forma que comecei: passional!

“Como bem referi, não há nada mais passional do que ser torcedor do Inter. Vamos, então, todos nós, buscar o algo a mais da racionalidade. Pelo Colorado. Afinal, é sempre por ele!”

Grato a todos por esta experiência! Se não mais aqui como Colunista, seguirei como um leitor assíduo. Talvez possamos (e devemos) nos encontrar também nas arquibancadas do Beira Rio. Sempre pelo Inter! Afinal, é sempre por ele!

Inter por toda vida!

Fraterno abraço a todos.