A PRESSA E A ANSIEDADE
Depois de uma conturbada escolha de treinador, onde pareceu imperar mais a ansiedade de jornalistas e influencers digitais do que a necessidade do clube, teremos Medina como ocupante da casamata, desta vez com pré temporada e, até o momento, sem Lomba.
Pouco entendi a necessidade de o Inter ter fechado com um treinador logo após a saída de Aguirre, principalmente quando os alvos declarados estavam empregados e com campeonatos em andamento.
Claro que parte a imprensa fez muita força para colocar quem conhecem e passa informações, daí nomes ventilados e elogiados com frequência, mas que destoavam do que pensava a diretoria. É parte do jogo, e, em época de muita velocidade na transmissão de informações, a ansiedade é compreensível, os ataques a uma eventual demora não.
O mesmo quanto as negociações de jogadores. A representação só ocorre em janeiro, jogadores em férias, agentes trabalhando na formação de vários times e alguns clubes sem treinador. A pressa que os oito dias de intervalo no ano de 2021 exigiam não existe agora, temos pré temporada, gurizada subindo, gaúcho.
Mas compreendo a ansiedade da torcida, alimentada pela imprensa, ambas ávidas por informação e o clube negociando o mais quieto possível. Só não entendo os ataques.
Voltando para o time, a renovação de Moisés segue inexplicável. Por mais que seja um lateral de força, é um jogador fraco, que protagonizou cenas de lamentável falta de técnica, e trancou a evolução de PV, e trancará Tauan Lara.
Lindoso também não se justifica, e espero não vê-lo em campo, nem Dourado. Aliás, do que se falou do novo treinador, o primeiro volante é peça fundamental, e não temos.
Também temos notícias da saída de Edenilson. Por mim, vai, deixa uma grana para poder investir no time, encerra o ciclo e vamos mudar a tão famosa forma de jogar preferida, baixando linhas depois de aberto o placar.
A saída que mais aguardo é Patrick, que parece não ter mais clima para ficar.
Porém, acredito que o time vai se moldar mais pelas chegadas e nova disposição tática do que pelas saídas que não ocorreram.
2022 é o ano para essa diretoria mostrar a que veio, implementar o modelo de jogo que quer e olhar para o futebol profissional com mais cobranças de resultados e desempenhos. Não ė um bom começo com as renovações, mas parece ser com o treinador.
De certa forma, repete o ano passado na proposição, mas falta manter a convicção que desapareceu, nesse ano, nos primeiros maus resultados e reclamações de jogadores. Treinador sem apoio da diretoria não trabalha direito.
Também é ano de olhar para si. Foi divertido olhar para o vizinho, mas o entretenimento acabou e é hora de mostrar serviço e mudanças.
Claramente, a aposta é na parte tática, sem contratações de impacto.
Isso significa que 2022 ainda é uma grande incógnita, que somente será esclarecida com o time em campo, seja lá qual for o grupo. Até lá, ansiedade.[/et_pb_text][/et_pb_column]
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