América vermelha

Convenhamos, tratamos mal alguns jogadores que passaram por aqui e marcaram, ainda assim, seus nomes na história Colorada. Vangloriamos outros que sequer fizeram tanto para tanto, com o perdão da cacofonia. Enfim, a passionalidade da torcida por vezes foge até mesmo do mínimo racional que deveria ter o mais apaixonado do torcedor. Um pouco de noção sempre é bom afinal.

Pensei nisso quando soube, ontem, da aposentadoria de Rafael Sobis. A maioria deve querer lembrar somente da sua última passagem, do fatídico lance de desistência na final da Copa do Brasil de 2019 (um título que já estava perdido naquela altura, vamos combinar); ou o gol que perdeu na semifinal do Mundial de Clubes de 2010. A rigor, todavia, devíamos lembrar daqueles dois gols antológicos no Morumbi, que abriram as portas para uma América vermelha. Ou aquele primeiro gol no Beira Rio, que trouxe o empate e também pavimentou o caminho para o bi; ali a América era vermelha de novo!

A realidade é que Rafael Sobis merece bem mais do que recebeu e recebe da torcida Colorada. Ou quando falamos em libertadores uma das primeiras imagens que nos vem à mente não é o Sobis e sua volta olímpica com o bandeirão?

Com a camisa do Inter, foram 216 jogos, 54 gols, duas Libertadores, três gauchões e toda uma torcida enlouquecida gritando e vibrando com a parte da história que ajudou a escrever.

Valeu, Rafael Sobis!

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Sobre a pelada de ontem à noite, minhas considerações (que poucos se importam, mas farei igual):

1 – Quem viveu os anos 1990 jamais concordaria em entregar para o time da polenta. Jamais! Com isso, admito que estou meio irritado com o resultado. Pero no mucho;

2 – Pelo segundo tempo, impressão que me passou é que os jogadores do Internacional estavam ali, apenas e tão somente, para cumprir o protocolo e esperar o fim do jogo;

3 – Tal condição, aliás, ainda mais escancara a necessidade de se encerrar alguns ciclos viciosos e não vitoriosos de jogadores. Diria que o mesmo vale para o treinador, cuja cabeça parece povoar não o tom vermelho mas o celeste;

4 – Coudet tinha razão: o grupo é curto! Alguns jogadores bastam para completar grupo, mas ainda não podemos exigir e esperar muito deles. Exemplos de Gustavo Maia, Palácios e Paulo Vitor;

5 – Não, não vou criticar os dois últimos referidos no tópico anterior. Passamos pano para tantos perdedores nos últimos tempos que não irei queimar dois jovens que ainda podem render frutos, gostem os amigos aqui ou não;

6 – Mas se aquele golzinho não tava em impedimento, aí larguei. E não foi pênalti, foi MUITO PÊNALTI!

7 – Mantenho minha opinião: mais vale uma Sulamericana na mão do que uma Libertadores voando. Hoje, com este grupo e com a direção que mais promete que cumpre, vamos à pré-libertadores com boas chances de ficar por ali. E só;

8 – É sério, amigos, que alguns aqui acham que o coirmão vai se levantar no campeonato em função da flauta de jogadores e torcida do Inter? Se é sério, diz muito o que viramos e o motivo pelo qual não deixamos o atoleiro. Por favor! Eles não merecem qualquer compaixão. Tem que se fu… TODOS OS DIAS!

Todos os dias! T O D O S O S D I A S !

Todos los días … Every Day!