4.3
(8)

Por falar em déjà vu vimos a retomada duma prática bastante comum no Sport Club Internacional: pênalti batido pelo aniversariante do dia. Por aniversariante, compreende-se também dos filhos, noras e netos, mas pode ser igualmente para levantar a moral de quem não está jogando nada. Para ser justo, no primeiro pênalti a situação já ocorrera. Ora, Edenilson se tornara o cobrador oficial por imposição técnica, mas o próprio resolveu conceder a benesse ao Galhardo (com direito a abracinho de apoio moral e tudo); a diferença, no tocante ao primeiro para o segundo, é que Thiago Galhardo era, não faz muito, o cobrador oficial e acertou a cobrança, em que pese o esforço do deboche para não fazê-lo.

Entretanto, o histórico do Patrick, por si só, já não autoriza a concessão da benesse dele bater o pênalti. Não é um bom chutador com a bola rolando e tampouco com ela parada (ele quase botou a perder a classificação nos pênaltis na CB de 2019), então por qual motivo cobrou ontem? Ora, pois, o Internacional é tipo uma ação entre amigos em que os queridões do elenco, os “líderes” do vestiário, querem prestigiar o colega que não está jogando ‘buesta’ alguma há horas. Típico de time sem liderança e, o pior: temo pela (falta de) liderança do técnico, também.

Ação entre amigos. Qual o prêmio da rifa?

Dito isso, vamos à partida. Nesse contexto, algumas dúvidas e outras certezas. Dúvidas: a mecânica do jogo ainda está carente de lubrificação; time segue (muito) lento na saída e muito espaçado entre os setores do campo, principalmente no que tange à defesa e a meia cancha. Aliás, julgo a atuação do Internacional, apesar do placar, uma das piores da era MAR: ora, com 10 dias de treino eu esperava algo bem mais objetivo em termos de futebol que aquela coisa medonha do primeiro tempo, menos pior no segundo, só que facilitada pela expulsão de ambos os lados. Sim, jogamos melhor com um a menos e o Aimoré piorou o que já era bem ruim.

Onde as dúvidas não subsistem, todavia:  Marcelo Lomba parece que joga pregado no chão; o goleiro falhou, sim, no gol adversário, pois, quando a defesa vacila (e vacilou) cabe ao goleiro justamente o papel de compensar o erro dos colegas. O jovem expoente do barco do amor, o lateral Heitor, é mais jogador que seu antecessor embora deixe a desejar na marcação. Dourado pode ser uma opção para a zaga, mas para ser camisa 5 não dá; aliás, me parece jogador em fim de carreira. Para encerrar o trio ternura da lancha da paixão, Nonato não pode mais fardar: jogador bem inútil! Zé Gabriel é um zagueiro esforçado e como tal, não serve para titularidade: o Internacional não é laboratório, pois. Menção honrosa ao mesmo, porém, pois ao menos não foi expulso de forma juvenil como seu colega de zaga. Moisés abaixo ontem. Já Rodrigo Lindoso é outra certeza: arremedo de jogador de futebol. Patrick é banco e jogando pela direita parece coisa de Professor Pardal.

Agora, uma certeza parece absoluta: Carlos Palácios sabe tratar bem a bola; tem uma visão de jogo digna de camisa 10, passes precisos mesmo à média distância e, em que pese um primeiro tempo mais acanhado, no segundo deitou e rolou pelo lado esquerdo. Por fim, quanto ao centroavante, se continuar assim é só jogar a camisa pra cima e quem pegar farda. Simples e sem comoção alguma.

Como também é simples (porém, com comoção da minoria) o Brasil que eu quero: sim, eles se fu… TODOS OS DIAS! TODOS OS DIAS! TODOS OS DIAS! TODOS OS DIAS! TODOS OS DIAS! E com suco de laranja de brinde. TODOS OS DIAS! TODOS OS DIAS! TODOS…

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