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O que nos resta, hoje, senão acreditar no inimaginável, no impossível, no improvável; não é mesmo? Quais as reais chances de tudo dar certo ao final da noite e nos sagrarmos tetra campeões, afinal? Remotas, poucas, muitas? Qual a probabilidade do jogo paralelo alcançar os dois resultados possíveis que agora precisamos? Remota, pouca, muita?

A verdade é que chegamos, enfim, a última rodada do campeonato brasileiro de 2020. E contra tudo e contra todos, apropriando-me dos títulos utilizados pelos colegas, pasmem, a verdade que há chance, sim, para o tetra. Quantificar ela neste momento ajuda? Acho que não. Vivemos há tanto tempo de falsas esperanças, que seria quase insano da minha parte sugerir mais uma peleia agarrado nesta mesma esperança, na fé, quiçá, em alguma perspectiva sobrenatural.

Mas a verdade é que agora é tudo contigo. Cabe a ti decidir se acredita ou não. Se pode ou vale a pena acreditar ou não. Se é possível ou não. Falo pra ti torcedor, pra ti Colorado.

De minha parte, posso jogar a toalha em definitivo. Quantas vezes já o fiz aqui de maneira açodada para, na semana seguinte, escrever novamente que o impossível até não parecia tão distante assim. Quantos de nós não desistimos do Inter hoje, para voltar a seguir amanhã e estar enlouquecido com aquela mesma esperança, ou fé, ou perspectiva surreal logo depois? Que atire a primeira pedra…

De minha parte, como ia dizendo, pasmem (nem eu estou entendendo muito este estado de espírito, confesso) quero e preciso acreditar! Sei lá. Eu estava no estado de Santa Catarina quando daquele jogo contra o Corinthians em 2005. Quisera o destino colocar o mesmo Corinthians no nosso caminho novamente e, incrivelmente, estou mais uma vez em Santa Catarina. Esses dias vi uma entrevista com o grande Muricy Ramalho, multicampeão depois daquele fatídico 2005, mas que com um ar de decepção, falou claramente que a forma como lhe foi tirado aquele título, jamais saiu de sua memória. Veja-se que Muricy Ramalho, de uma forma ou de outra, hoje está do mesmo lado do Internacional. Pode o seu São Paulo ser o fiel da balança para restabelecer, ainda que apenas um pouco, a honestidade do futebol brasileiro. Pode não ser uma vitória por completa ao Muricy, mas certamente lhe trará paz.

Por isso quero acreditar nos Deuses do futebol hoje. Quero acreditar que eles existem; não fosse, Adriano Gabiru sequer teria embarcado para o Japão; aquela bola não teria entrado aos 43 minutos do segundo tempo na fumaceira de Quilmes; Fernandão não teria entrado para, justamente ele (e ninguém mais merecia), fazer o milésimo gol. Enfim, nossa história já nos proporcionou algumas tantas façanhas, que, mais uma hoje, não pode sequer ser taxada de impossível.

Mas tu tem que vencer, Inter! Vocês, jogadores, tem que saber que o agora é tudo com vocês!

Tu tem que vencer, Inter!

De resto, confiamos na esperança, na fé, nas perspectivas sobrenaturais. Nos Deuses do futebol. No Fernandão que certamente está junto com nós nessa empreitada.

Confia, Colorado. É o que nos resta … E se por acaso eu sonhei tudo isso e no fim foi um pesadelo, ao menos valeu a pena viver mais esse contigo Inter, afinal, quando não estivemos juntos?

Agora, se for sonho, se realmente tudo isso for um sonho bom, por favor, não me acordem!

Só te pedimos este campeonato. Vamo Inter!

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