4.8
(18)

Desde o primeiro post do “contra tudo e contra todos” já sabíamos que o Inter deveria se superar para ser campeão, e superar as adversidades vindas da arbitragem. Não é a primeira vez que a arbitragem é caseira, nem que favorece o time mais popular, e é contra isso que o time deve estar atento.

A escalação do árbitro mais respeitado do momento lembrou muito a escalação de Marcio Rezende de Freitas em 2005, quanto mais conceituado, mais difícil acreditar que errou, e, desta vez, errou com VAR.

Mas esse era um ponto que sabíamos que deveríamos ultrapassar, e talvez não fosse no jogo contra o Flamengo, e aí entra a ressalva de que o Inter deveria lutar contra todos, e contra si mesmo e suas repetidas mazelas.

Há jogadores contestados no elenco, não de momento, mas de longa data. Tudo bem que torcida é apaixonada e não entende de futebol, isso poderia ser um argumento para justificar Uendel e até mesmo Lomba, mas o Inter ignorou que o treinador anterior, ao se deparar com Rodinei, pediu outro lateral, e agora sabemos que Heitor estava bem fora do peso na apresentação.

Não bastasse isso, quando Saravia veio, vimos a diferença, e quando sofreu a lesão, quem assumiu a lateral foi Heitor, já enquadrado.

Aí veio Abel, remontou o time, quebrou o recorde de vitórias consecutivas na era dos pontos corridos, mas manteve Rodinei. E Lomba, e Uendel, esse mantido há várias temporadas, mesmo sendo satisfatória apenas a primeira.

Rodinei já nos tinha tirado pontos naquele pênalti estúpido contra o Bahia, já tinha participado olhando o jogador do Sport pegar a bola na linha de fundo, e ontem, além da expulsão, da qual o isento de qualquer culpa, também falha no primeiro gol do Fla, receoso ao tentar afastar a bola. Há quem prefira acusar Praxedes, claro, é da base.

Não quero crucificar Rodinei, fazia partidas razoáveis, e até bola na trave conseguiu. Assim como Lomba, tem lampejos, só que lampejos de goleiro são sempre decisivos, assim como as falhas. De Uendel então, nem dá pra falar muito. A sua expulsão contra o Sport nasce em uma falha recorrente dele, seguida de péssima avaliação ao fazer a falta. Sport quase rebaixado é sempre melhor enfrentar com 11 do que com 10.

Esse é o ponto de ter que lutar contra o próprio Inter, que possui uma dificuldade intransponível em se livrar de jogadores ruins. Pottker talvez seja o melhor exemplo. E essa dificuldade é diametralmente oposta à facilidade com que o clube detona os seus da base, muitas vezes com ajuda da torcida.

Não sei se o Flamengo não conseguiria virar o jogo sem a expulsão, embora tenha time com nomes melhores, está sem conjunto e vivendo de jogadas individuais, além de não apresentar um futebol tão impositivo quando o do ano passado. Talvez fosse mais fácil o Inter ganhar.

A mácula fica evidente na expressão de Felipe Luis, mas isso não será lembrado, muito menos o árbitro, até porque o campeonato não acabou.

Certo que tudo pode acontecer ainda, mas independentemente do que vier, o Inter precisa olhar para si mesmo e ver o que está fazendo, e lembrar da máxima que jogador ruim no elenco, uma hora vai jogar.

How useful was this post?

Click on a star to rate it!

As you found this post useful...

Follow us on social media!