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Não sei vocês, mas o adversário de hoje me faz voltar no tempo. Um tempo inglório. Aquele jogo no Campeonato Brasileiro de 1996, que valia a classificação para os então “play offs” – e que ficamos na nona colocação, talvez seja a minha primeira decepção como torcedor Colorado. Desde que eu me entendo por gente e vivo o futebol do Inter, explico. Bastava ganhar do Bragantino já rebaixado, fazendo fiasco nas rodadas anteriores e, ainda assim, pasmem, o Internacional foi lá e perdeu o jogo, eliminado com direito a pênalti perdido pelo centroavante Leandro (depois também Machado) que fazia gol todo jogo, menos quando mais se precisou.

Mas Leandro Machado era um craque para época. Um centroavante que talvez não tenhamos no grupo hoje. Naquele time tinha o lendário (contém muita ironia) lateral Cesar Prates, além de jogadores conhecidos como Arilson e Enciso, que se destacaram com o bom time do ano seguinte. Em suma, um time capaz de vencer o poderoso Flamengo no Maracanã e tomar de seis, em casa, do Goiás.

Incrível como o Internacional perturbou minha infância. E de tanta gente.

Tanto por isso que hoje eu não consigo criar expectativa para com a partida de logo mais. Veja-se que em alguma postagem anterior eu até comentei que o time do Inter agora lembrava aquele da década de 1990. Enfrentar o Bragantino precisando de vitória, logo, é só mais um passo para o tombo. Só tá faltando o Paraná na primeira divisão para que a desgraceira fosse completa. Como não está, ainda existe uma esperança de história diferente para hoje.

Pois, se analisarmos friamente, temos mais time que o adversário, que ainda patina na competição e não se deu conta como é jogar novamente uma Série A. Claro que a  diferença neste momento é gritante porque a necessidade vitória hoje não é fatal, em que pese possa, enfim, enterrar qualquer chance de título (que eu acho que já não tem mesmo, mas vai que né?); tampouco o Braga está jogando a vida, já que embora em situação difícil, o campeonato sequer chegou na metade.

Mas é o Inter.

O Internacional já nos provou, comprovou e segue sendo muito competente na função de passar vergonha em situações como esta. Impressionante!

Os tempos agora são outros, mas neste momento, seguem inglórios. Logo, talvez fosse uma boa o time encarar o Bragantino como se uma revanche fosse para com aquele jogo de 1996.

Só que é inglório ter que encarar o Bragantino como se uma revanche fosse, convenhamos.

O que nos faz passar o Internacional. O que nos faz passar.

Cria vergonha e vai lá e ganha, Inter. É o mínimo…

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