JOGO RUIM, RESULTADO PIOR
Jogo ruim, muito ruim, embora com um começo promissor.
A oscilação era esperada, mas há uma constante na avaliação destes três jogos que não pode passar em branco. Os dois jogos em que a atuação foi ruim, foram fora de casa.
Sei que não deveria fazer muita diferença, não há torcida, é quase como jogar em um campo neutro, mas a diferença da atuação dentro do Beira-Rio é gritante. Um dos objetivos era conseguir jogar fora de casa da mesma forma que jogamos em casa, com um retrospecto muito bom de pontuação em casa e um desastre longe de Porto Alegre. Isso não foi obtido nesta primeira amostragem de dois jogos fora, mesmo que a ideia tenha surgido antes da pandemia, mesmo que os jogos sejam diferentes sem torcida.
Outro ponto recorrente é a bola aérea alçada da intermediária nas costas dos nossos zagueiros. Foi no grenal, foi contra o Santos, e ontem contra o Flu. Contra o Santos, gol anulado, nos outros dois, gol e pênalti.
Não é só posicionamento, isso é falta de comunicação entre a defesa, e já poderia ter sido ajustado, principalmente com nosso goleiro falando mais e chamando atenção para infiltrações. Não elimina a falha dos zagueiros, mas precisa ser corrigido com urgência.
Claro que facilitaria muito se houvesse marcação de gols, como ocorreu contra o Santos, e, principalmente, ocorrência de chances ainda que desperdiçadas.
Contra o Flu, não aconteceu. Não é um time muito superior ao Santos, nem mesmo com jogadores mais perigosos. Individualmente, Marinho e Soteldo metem mais medo que qualquer um do Fluminense, mas o Inter parou de jogar em determinado momento, depois do gol, quando isso não aconteceu contra o Santos ou Coritiba.
Individualmente, gostei do Zé Gabriel, muito calmo e seguro, mesmo com o pênalti cometido, mas deveria ter sido substituído no lance em que sentiu o ombro. Essa foi uma falha do treinador.
Outro ponto recorrente é que não fazemos gol com Pottker e Patrick em campo. Coudet já deveria ter observado isso. O time é improdutivo, e, carregar o Patrick talvez o resto do time consiga, mas carregar os dois juntos tem sido uma tarefa pesada demais para os outros.
A ideia era um time com mais movimentação e troca de passes, mas Patrick ocupa um feudo em campo que vai do meio até a área adversária, sempre no mesmo quadrilátero, e ainda conseguiu erram dois gols inadmissíveis para quem quer jogar no ataque, com a perna esquerda.
Aí até a movimentação de Boschilia fica comprometida, também circunspecto a um trecho do campo, esbarrando em uma parede quando quer trocar de lado.
Moisés também pede substituição, nem que seja para tentar jogar mais, mas são duas jornadas em que destoa demais do resto do time.
E nem acredito que torceria pela volta de Dourado para a função que Lindoso e Musto até o momento apresentam muita dificuldade em fazer. Na minha opinião, recuaria Edenilson, tentaria Praxedes.
Novamente vou deixar de falar de Pottker, novamente incompreensível, e não à toa que tomamos o gol, ou o pênalti foi marcado, quando foi chamado do banco. É um karma de chama derrota.
Do pouco que vi, Yuri Alberto pelo menos tem vontade e coragem, e Peglow é bem rápido, merecendo mais chances para tomar um lugar no time.
A boa notícia, pelo estado do clube, é a possível venda de Fuchs por um valor próximo de 10 milhões de Euros. Só falta Pottker.
Dos outros jogos que vi, os times estão patinando, mesmo com melhores elencos, e até o Galo fez uma partida mediana contra o Ceará. Era hora de pontuar.