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Depois da sensacional reprise dos posts do Louis sobre nosso título de 2006, veio a reprise do jogo mais importante da história recente do clube.

E que jogo.

Confesso que sou pouco animado com replay, é um jogo com pouca emoção, já conhecedor do resultado, mas vale para análise tática, para rever sem o nervosismo da peleia ao vivo.

Um dos pontos mais importantes deste título foi nosso treinador, que, depois, parece ter perdido um pouco da vontade de vencer e desprezado a grande experiência que adquiriu, uma vez que não repetiu jornadas vitoriosas, e é um nome que pouco me agrada ver na casamata novamente.

Entretanto, como depois contou Alex, os jogadores se reuniram na véspera do jogo com o Abelão para mudar o esquema tático e a postura do time contra o Barcelona.

Segundo os jogadores, o Inter deveria marcar pressão já na saída de bola, evitando que os espanhóis abusassem do seu já famoso toque de bola. A ideia era tentar sufocar o Barça no seu próprio campo.

Teria sido uma goleada contra.

Abel, segundo conta Alex, foi firme na estratégia de esperar o Barça no campo do Inter, sem abrir mão de atacar, em estocadas, mas não posicionando o time no campo adversário, como queriam os atletas.

O jogo mostra bem isso. Um Inter posicionado, uma linha defensiva ferrenha, com sangue no olho e na bola, sem violência, mas duros e bem fechados. Iarley e Pato fazendo um bom trabalho de eventual ataque, e Fernandão comandando o time com e sem a bola.

O jogo foi épico em todos os sentidos, e confesso que ainda reluto em crer na saída de Fernandão, extenuado, que culminou no gol mágico de Gabiru.

O jogo fora de campo começou com a manutenção da estratégia de Abel, e terminou nas palavras mágicas de Fernandão, energizando o time, levando o coração para todas as chuteiras, outro fator decisivo para nosso maior título.

De todos os times que já vi do Inter, de longe esse não é o melhor. Até 2010 tinha mais equilíbrio, mas faltava a magia do capitão e a firmeza de Abel. Jogador por jogador, a escrete de 2006 não era melhor que a fábula de 75/76, ou mesmo 79.

Talvez por isso esse título e esse jogo foram tão importantes e marcantes. Há uma grande diferença entre ganhar um título com Pelé, Tostão, Rivelino e Carlos Alberto, e ganhar com Rubens Cardozo e Ceará nas laterais, ou um iniciante como Luis Adriano no comando do ataque.

Nenhum jogador do Inter era cobiçado mundialmente, mesmo em times de segunda linha europeus, ou mesmo por lá tinha andado com sucesso.

E contra um adversário glorioso, que, além de nunca ter nos ganhado, era reconhecidamente o melhor time do mundo, com o melhor jogador do mundo, e com vários atletas entre os melhores do mundo, simbolizado em Deco e Pujol, por exemplo.

Nada mais épico.

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