O que vem pela frente?
Pretendo não repisar aqui, eis que as informações mais pertinentes para o momento foram abordadas, ontem, pelo Régis – tendo em vista que excepcionalmente esta semana fizemos um ajuste pontual nas publicações, por respeito ao Louis Schroder, cuja minha manifestação de pesar vai reforçada – e o assunto já foi bem ventilado também nos demais canais de imprensa e redes sociais. Tomo a liberdade, tão somente, para concordar com o Régis que, ainda que louvável, a decisão dos jogadores de abrirem mão de 25% do seus salários fora tomada de forma tardia muito, talvez, pela pressão que vinham tomando inclusive pela torcida.
Agora, convenhamos: ainda que isso represente um alívio de algo em torno de R$ 2 milhões por mês, dificilmente escaparemos de uma venda de jogador, quem sabe até na próxima janela. Uma, apenas, para tampar o furo do rombo que já deve estar escancarado, afora aquela do Bruno Fuchs que possivelmente ia ser concretizada mais dia menos dia. E quem seria o candidato natural para ir para o “abate”? Ouso dizer que é João Peglow.
Sim, senhoras e senhores Colorados aqui do BV. É bem possível que a jovem promessa de craque do nosso celeiro de ases vá antes mesmo de deixar sua marca por aqui. Talvez a direção tente uma composição, para uma liberação não imediata, mas a verdade é que afora o Fuchs, o camisa 10 da Seleção de base é o diamante que temos para vender e tentar salvar os cofres, que já vêm há anos figurando no negativo é de se salientar. Embora seja algo a ser lamentado, eis que faz tempo que não vemos um bom jogador da base se destacar nos profissionais, nesta hora fica até difícil criticar quem quer que seja se isso realmente for concretizado. O motivo é de força maior.
Não obstante a isso, eu também li em algum lugar que a direção prepara um projeto para chamar os sócios, e creio que a torcida em geral, para que ajudem na obtenção de recursos para a perfectibilização do novo Centro de Treinamento em Guaíba. Caso eu tenha sonhado com isso, peço uma meia desculpa. Por que meia? Ora, se não pensou nisso certamente vai pensar e um projeto nesses molde vai acabar surgindo. Podem me cobrar depois. Afora isso, o Internacional segue trabalhando para dar um destino ao Gigantinho. Em que pese a maioria aqui, creio, gostasse da ideia de ver o futebol de salão novamente, sabemos que não vai acontecer. O próprio esporte (a não ser que se torne, enfim, olímpico) perdeu muito do seu prestígio, infelizmente. Depois, já se tentou uma vez, inclusive com uma ideia louca de se trazer Falcão, o mais famoso jogador na época, e possivelmente um dos melhores da história. Um fracasso que ainda queimou o filme do Clube.
Ademais, o que vem pela frente depende muito do que vão decidir acerca das competições. É preciso ir já pensando, inclusive, nos contratos que irão vencer agora no final do ano, falo principalmente daqueles de jogadores tomados por empréstimo. Ou seja, temos ainda um futuro enfumaçado pela frente.
E não é pela beleza das ruas de fogo.