O ‘elo’ mais fraco
Ia fazer um texto sobre o retorno, ainda que tímido, das atividades/treinos no departamento de futebol Colorado (e, consequentemente, de todos os cuidados adotados para garantir a volta ao trabalho), sendo o SCI o 1º clube da Série A a retomar as atividades paralisadas devido a pandemia da Covid-19; mas fui colhido de surpresa (e tristeza) com as notícias ainda preliminares dando conta da ocorrência de várias demissões de funcionários, as quais devem atingir, além daqueles que trabalham nas funções/rotinas diárias do clube, alguns torcedores ‘ilustres’ que atuam nas atividades consulares, e que viajam pelos 4 cantos do Rio Grande, do Brasil e também da América fazendo trabalho de divulgação e integração da torcida colorada.
Mas, neste momento, minha tristeza fica com os trabalhadores ‘anônimos’ do clube, que, como a maioria de nós mortais, ganha o pão de cada dia com sacrifício, os quais muitas vezes ‘carregam os pianos’ que não enxergamos e nem temos noção que existem ao chegar ao Estádio para acompanhar os jogos.
Obviamente não conheço a rotina e tampouco sei as consequências de fato que essa parada abrupta e inesperada causou na situação financeira do Clube, mas não posso deixar de considerar que a atitude de ‘cortar’ o elo mais fraco (mas não menos importante) dessa corrente não me parece, ao menos neste momento, a atitude mais sensata, correta e humana que se pode adotar.
Sei que estamos há 2 meses sem futebol e, consequentemente, sem arrecadação; mas penso que outra medida poderia ser adotada no sentido de preservar o emprego dos trabalhadores, razão pela qual com eles me solidarizo neste momento de dificuldade.
Não adianta propagar aos quatro cantos o maior gre-NAL do século mediante a doação de leitos hospitalares (o que é, sem dúvida, uma atitude exemplar e louvável), bem como outras atitudes solidárias, e não manter os funcionários, que obviamente não ganham fortunas, nessa hora de dificuldade que eles mais precisam.