O retorno
Confesso que é mais ansiedade do que razão, mas há indícios do retorno do futebol. Pelo menos na Europa há uma pequena movimentação pelo retorno dos treinos já com vistas à volta das partidas, mesmo que com estádios vazios.
Quando falam em futebol, também se referem aos outros esportes, que, se não movimentam tantas pessoas ao mesmo tempo, também são relevantes para seus respectivos amantes e profissionais.
Mas nosso assuntos é futebol no Brasil, e futebol do Inter, que retorna aos treinos de forma controlada, mesmo depois de uma frase infeliz de nosso presidente.
Não faço a menor ideia de como será esse retorno, com que distanciamento e se será efetivo para o retorno de uma temporada que mal começou e foi interrompida.
No Inter, poucas mudanças, como, acredito, nos demais times também. Perdemos um importante “embalo” depois de algumas partidas de estudo interno e acomodação das melancias, mas tem muita coisa ainda pra ajustar.
Na verdade, não temos ainda uma definição de time titular. Embora pareça que nosso treinador (como é bom dizer que temos um) tenha algumas certezas, acho que algumas posições ainda sofrerão mudanças.
Quero acreditar que ainda temos dúvidas no gol, embora Lomba esteja bem, não vai conseguir corrigir suas deficiências na bola aérea e com a bola nos pés.
As laterais parecem tarefa fácil pelo que mostraram Saravia e Moisés, mas também pelo que não mostraram os reservas, e pelo que não vimos os jovens atuarem.
A zaga só comporta a dúvida entre Moledo e Fuchs, mas acho que essa dúvida está na cabeça da torcida, e não do treinador. Isso sem falar nos guris que apareceram bem desde a copinha.
No meio, há titulares evidentes, como Musto, Edenilson e Boschilia. Musto pela confiança do treinador e por sua evidente melhora desde o início da temporada. Edenilson e Boschilia se impõem, mesmo com as pressões por Patrick.
Guerrero é titular, mas precisa de um reserva, que talvez seja Gustavo.
E as certezas param aí. As dúvidas nas posições que falei são mais escolhas do que ajustes de como o time deve jogar. Acho que independente dos nomes, o time jogaria da mesma forma, talvez com saída menos qualificada com Moledo, mas mudaria pouco na estrutura do time.
Infelizmente, no coração do time repousam as dúvidas relevantes, e que transformariam o time em sua forma de jogar.
Ou D’Ale ou Galhardo, ou Marcos Guilherme, três para uma posição, com Patrick correndo por fora, bem longe, eu espero.
Ou D’Ale ou Galhardo, ou Marcos Guilherme, ou Peglow, ou Netto, ou Gustavo, ou Pottker (sim, está aí ainda), para a outra.
Essa montagem de muitos nomes para duas posições define como o time joga, se será veloz, se terá mais cadência e controle da bola, se mais marcador, mais técnico, mais incisivo, mais o que vocês quiserem.
Ao mesmo tempo, essas dúvidas proporcionam variações, sem a necessidade de um time titular com 11 apenas, mas opções para o treinador ajustar o time conforme as necessidades do jogo e dos próprios jogadores.
O que é certo é não termos dois jogadores iguais para cada posição, e quando um estiver ausente, por qualquer motivo, ou temos um decréscimo muito grande, como na lateral esquerda, ou o time muda a forma de jogar.
Por isso, mesmo com todas essas dúvidas, é que fico feliz de termos treinador, que já demonstrou saber usar as peças, mas que teve o trabalho interrompido em momento muito importante.
Haja controle para tanta ansiedade.