Calendário
Mesmo que muitas vezes, como bem disse o Bruno Costa em seu último post, nossa relação com o colorado seja de ‘um amor bandido’ neste momento estamos exatamente com esse sentimento de ausência das situações e discussões diárias que o futebol e, mais precisamente, as coisas do SCI nos proporciona. Mas enquanto isso não ocorre, seguimos comentando temas de alguma forma vinculados ao futebol.
Frente a toda essa situação em que estamos envolvidos, vejo com grande relevância para o futuro o que será decidido com relação ao calendário que será adotado nas competições que se encontravam previstas para esse ano – Gauchão, Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Em todas elas, pelo que pude acompanhar, os clubes estão firmando posicionamento no sentido de cumprir integralmente o calendário de jogos previsto originalmente, visando unicamente garantir a cota financeira paga pela televisão. Só pelos jogos do Brasileirão, o SCI tem o direito a receber R$ 85 milhões.
Mas aí é que está posto o problema … quando conseguirão, ou terminarão de ser jogados todos os jogos restantes do Gauchão, as 38 rodadas do Brasileirão, e o restante dos jogos classificatórios e mata-mata da Copa do Brasil e Libertadores, se ainda nem há previsão de quando os jogos serão retomados, mesmo que as previsões indiquem a realização de partidas sem a presença de público??? E mais, terá o clube plantel e condicionamento físico para suportar a quantidade de partidas que virá???
Provavelmente, sem o ajuste/adequação ou mesmo a criação de um novo calendário, neste período no ano que vem ainda poderemos estar disputando competições do calendário 2020.
Sabemos que os valores pagos pela televisão são absolutamente indispensáveis para a sobrevivência dos clubes, mas ‘esticar’ o calendário trará benefícios em longo prazo??? Mesmo que o tema seja suficientemente complexo, eu particularmente acho que não. Já que o ano de 2020 está caminhando a passos largos para seu comprometimento sem volta, penso, mesmo que não seja tarefa fácil, que os clubes, juntamente com as entidades organizadoras das competições e entidades de representação dos atletas devam buscar o ‘entendimento’ de modo a permitir que eventuais danos ao calendário – e seus impactos e reflexos financeiros – se restrinjam apenas a 2020, fazendo com que os anos vindouros sejam da maior ‘normalidade’ possível.
No campo das especulações, nos últimos dias seguiram as notícias dando conta do interesse em Franco Cervi e Campaz (esse acho que pode vir), sendo que também surgiram boatos de que Cazares e Ignacio Scocco poderiam ser contratados, nesta ânsia que Coudet tem por mais um atacante. Cazares até que não acho um nome ruim, podendo agregar ao nosso elenco; mas qualquer especulação quanto ao nome de Scocco não pode ter o menor sentido. Depois de todo aquele fiasco, em que disse ‘não estar motivado’ para jogar aqui, qualquer colorado que se preze não deve aceitar que Scocco passe de ônibus ou lotação em frente ao Beira-Rio, quanto mais sugerir que ele volte a vestir o manto alvi-rubro. Menos mal que a possibilidade de sua repatriação já foi completamente descartada por Marcelo Medeiros.
Para finalizar, o ex-técnico Odair maionese Hellmann disse, em entrevista à Radio Gaúcha, que NÃO SABE (???!!!) – vou repetir, NÃO SABE!!!??? – porque perdeu a Copa do Brasil, referindo ainda que “eu ainda não digeri aquela final, vai precisar mais uns 60 anos, talvez em outra vida. Enquanto eu tiver esta vida aqui, aquilo ficará engasgado”. Bom, se depois de tudo que aconteceu o cara ainda não sabe o motivo das 2 derrotas nos jogos das finais, e que talvez leve 60 anos ou outra vida para entender, não me resta outro caminho a não ser dizer que Odair jamais deveria ter sentado na casa-mata do Beira-Rio, simplesmente porque depois de tudo que viveu no clube não conseguiu entender e não ter a mínima noção da grandeza do clube que estava treinando.
Ps.: Muito embora tenha visto a questão ‘nas entrelinhas do BV’, acabei esquecendo de me manifestar quanto à ‘divergência’ referida pelo Bruno Costa em seu último post sobre quem é mais zagueiro: Fabiano Eller ou Victor Cuesta? Respeitando todas a opiniões, nessa vou de Fabiano Eller, sem pestanejar. Sem querer comparar os jogadores (até porque os 2 são excelentes), vou por critério bem mais prático e simples … taças … enquanto Victor Cuesta ainda não ergueu nem uma mísera taça de gauchão (em 2017 ele já estava por aqui quando entregamos o título para Novo Hamburgo)… Fabiano Eller ergueu … bom … nem precisamos comentar.