Mudança
O bom de ter um dia (talvez até algumas horas já bastam) para refletir acerca do futebol apresentado pelo Internacional é que se evita, ao fim e ao cabo, tornar definitivos alguns ranços e quem sabe até algum mal estar com outro Colorado que pensa diferente. Em se tratando de futebol, pois, a verdade de hoje é a mentira de amanhã e vice versa, como diria o filósofo…, enfim, deixa para lá.
É claro que a ideia com quatro volantes não me agrada e também parece que não vem dando certo. Sim, já bati aqui que Patrick não dá mais, Lindoso parece perdido em campo e por aí vai. Fomos superiores, na terça-feira, porém, um time burocrático, lento e que em alguns momentos fez parecer o mais do mesmo dos últimos tempos.
Paro por aí, todavia. Não serei eu o profeta do apocalipse ou o propagador da crítica apenas porque gosto do lado trágico da coisa.
Primeiro, que não posso comparar e tampouco exigir muito dum trabalho de cerca de 30 (trinta) dias – isso mesmo, um mês, que visa combater 02 (dois) anos de apequenamento do time em campo e que fracassou. Ora, Eduardo Coudet fora chamado justamente para mudar uma perspectiva, cujo resultado todos nós sabemos. Aliás, ele mesmo em sua coletiva me parece definitivo: “Não é fácil gerar uma mudança”.
Bingo!
Eu mesmo já me mudei cerca de duas dezenas de vezes. De cidade, de casa, de emprego, de ambiente de trabalho, de escritório… Em todas elas a impressão era que eu estava resetando a vida, seja pessoal ou profissional. Foi tudo um recomeço. Por que cargas d’água, pois, haveria de ser diferente, agora, no time do Sport Club Internacional? Quem disse que seria simples, rápido e pacífico? Então, vamos nos ajudar e parar com esse clima de velório. Chega das viúvas do Odair. Passado. Vamos virar a página, finalmente, e seguir em frente!
Lembrando sempre que temos uma decisão com menos de um mês de trabalho não porque o técnico quer, mas porque os jogadores abandonaram o Campeonato Brasileiro tão logo que perderam o título da Copa do Brasil. Lembrando que somente um time deteve condições de sair vitorioso no Chile e este se chama Internacional. Lembrando que alguns jogadores importantes foram mal durante toda a partida: Edenilson e Guerreiro. Já D’Alessandro, apenas burocrático.
Pois ainda assim o vigor físico do Internacional se destacou (digo no estilo de jogo), a posse de bola foi na maior parte do tempo nossa, muitas trocas de passe e relativo domínio do jogo em campo. Faltou um gol? Sim. Faltou quem sabe um pouco de ousadia do técnico? Sim. Mas quem chega numa casa nova e já sai furando uma parede antes mesmo de saber onde passa o cano?
Sei lá. Um pouco de cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém. Sigo confiante que este time ainda vai nos dar um pouco de alegria no correr deste ano. Do contrário, já nem mais devia estar aqui.
Na próxima terça o Beira Rio ruge e os chilenos vão se dar conta que o empate na casa deles saiu barato. Alguém duvida?
Vamo Inteerrr!