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Antes de qualquer coisa, parabéns por jogar com os titulares, mesmo sendo o mínimo que se poderia esperar após uma eliminação com tons de covardia de nosso treinador, não sucumbiu à teimosia frequente de suas decisões.

Segundo ponto é mais simples, Nico joga. Nico erra gols, passeia pela nicolândia, desliga da partida, não cumpre todas as funções táticas que o treinador pede, mas o time faz gols quando Nico joga. Não necessariamente Nico faz gols, mas o resto do time faz quando Nico joga, e isso é mais importante do que um jogador apenas.

Falando mais detidamente sobre a vitória contra o Botafogo, teve ares de reação, embora ainda sinta uma certa apatia do time e o ranço de controlar o jogo com passes entre os zagueiros, não foi um time afobado, como ficou após o primeiro gol contra o Flamengo, e jogou com mais naturalidade. Lindoso, apesar do gol, esteve em um dia muito ruim, com erros de passes, e Patrick também segue o mantra de cair de produção no segundo semestre. Uendel também não esteve bem, e Odair precisa pensar em uma alternativa.

Independentemente dos resultados desse ano, acho imprescindível que contemos com um goleiro que saiba sair do gol. Lomba tem sido um excepcional goleiro embaixo das traves, mas é péssimo com a bola nos pés, ao ponto de quase nunca receber recuos, e, quando recebe, entrega a bola pro adversário, e não tem coragem de sair do gol mesmo em escanteios na pequena área. Isso, sofrendo pressão do adversário, é gol certo. Já quase fui crucificado quando falei que Danilo Fernandes padece do mesmo defeito grave, e acho que está na hora de termos um goleiro que passe confiança em todas as bolas.

Odair segue sem enxergar o jogo na sua frente. Depois dos 2×1, Alex Santana, esse dispensado pelo Inter porque chegou atrasado em treino, tomou conta do meio campo e ninguém do Inter conseguir pará-lo. Ele não é um craque, é um bom jogador, mas encontrou o espaço entre as linhas mal feitas do Inter e quase complicou um vitória que deveria ser tranquila.

Essas linhas, aliás, são o ponto fraco de Odair, que insiste no esquema deixando três marcadores apoiados por Lindoso, em vez de encurtar o espaço lateral entre eles. Foi nesse espaço que Jesus orientou o Flamengo a tocar a bola.

Odair deveria pensar seriamente em deslocar Patrick para a lateral esquerda, aproveitando suas jogadas ofensivas, e colocar Nonato, que tem pernas e fôlego para aparecer na frente e fazer a cobertura do Patrick. O lado esquerdo com Uendel e Patrick na marcação precisa de Sobis também para funcionar, mas são três jogadores sem fôlego.

Só que cobertura não é o ponto forte de Odair, que prefere povoar o meio de gente, de forma desorganizada, do que tentar marcar com menos jogadores e tornar o time um pouco mais ofensivo.

O dilema é esse.

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