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Depois do baita texto do Tiago fica um pouco difícil falar sobre o jogo de sábado, ou sobre o jogo de quarta. É como aquela música do Nando Reis, que dá título ao post; algumas coisas perdem importância quando comparadas com as pessoas que amamos.

Mas vamos lá, olhando pra trás, vendo a primeira vitória fora do Inter, num jogo de apenas 45 minutos do time de vermelho. Sim, em 45 minutos liquidamos o Fortaleza, e não fizemos mais porque havia Trellez em campo. Não significa que Rithely ou Bruno Silva tenham jogado alguma coisa, mas o primeiro tempo ruim ou péssimo tem sido uma constante que não pode ser outra coisa além de pura orientação do treinador.

Não me parece possível que um mesmo grupo de jogadores jogue de forma tão diferente dois tempos sem nenhum mudança tática, mas é isso que tem ocorrido. Quando não é no segundo tempo, é após levar gol, por isso nada me tira a ideia de que Odair manda o time amarrar o jogo com passes laterais e sem objetividade até dar um chutão pra frente e ver o Trellez perder a bola. Não pode ser outra coisa senão determinação do treinador o time se recusar a jogar bola até levar o gol.

Porque o que vimos no sábado foi, de novo, dois times diferentes em tempos diferentes, com os mesmos jogadores, nas mesmas funções táticas, no mesmo espaço de campo, apenas reduzido o número de chutões de um tempo para o outro, com mais troca de passes e mais verticalidade. Aí ganhamos.

Claro que a saída de Trellez contribuiu sobremaneira, mas Odair entenderá que foi a entrada de Parede. Por vezes desejo que Trellez seja expulso e ninguém entre no lugar de ninguém, só pra ver como  o time jogará melhor; enquanto isso, Pedro Lucas mofa no banco, e qualquer outro esquema que não tenha um poste no meio de dois zagueiros é esquecido.

Notem como Sarrafiore melhorou quando teve com quem jogar futebol, mesmo que seja um cansado e sem ritmo Bruno Silva, ou quando Welington Silva aproxima e os laterais ultrapassam a linha do meio campo, ou quando Nonato pode ingressar na área.

Por essas razões que não me animo muito com o time reserva, pois a postura do treinador ainda será de retranca por pelo menos 45 minutos, ou até tomar gol, para depois que o outro time esteja mais confiante, tentar jogar futebol com o objetivo de fazer gols, ou gol. Conseguimos perder para o Fluminense.

Bruno Silva mostrou alguma qualidade, mas se nosso problema é o primeiro volante, na falta de Dourado e Lindoso, não entendi sua escalação no lugar do Edenilson, a não ser que Odair ache que Nonato não pode substituir Edenilson, e aí o problema seria Odair.

Sim, Nonato é novo, já teve seus arroubos de juventude em partidas importantes, mas é o melhor jogador do elenco, contando agora com Bruno Silva, para substituir Edenilson ou Patrick, e, talvez, Lindoso ou Dourado. Se lhe falta um corpo de Felipe Melo, lhe sobre vitalidade no desarme, na armação e na presença em todo o campo. Notem como Nonato joga mal quando o time está modorrento, só com passes laterais e sem profundidade.

Isso já é projeção para o jogo de quarta, contra o Flamengo ainda em construção, com peças muito habilidosas, e que destaco Bruno Henrique como capaz de fazer diferença. Os 4×1 no Vasco foram construídos em 45 minutos, quando o Vasco errou dois pênaltis e levou um dos gols logo depois do erro do pênalti, em outro pênalti dos mais infantis. O placar não assusta, nem mesmo o desempenho do Fla nesse jogo.

Não é imbatível, contará com a mídia e pressão total na arbitragem, além de uma certa vontade de ver Flamengo e Liverpool no mundial, todos ingredientes que dificultarão a vida do Inter. Se nosso treinador não dificultar a vida do próprio clube, e não alterar a forma de jogar do time, principalmente não sacando Nico do time, será um belo jogo de futebol.

 

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