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Já afirmei várias vezes que não sou contra o rodízio, e usar time reserva na situação atual eu não vejo como um grande problema, pois é evidente o acúmulo de jogos em curto período e, como vimos, não há substituição em nível aceitável de algumas peças do time.

Aí entra o absurdo do planejamento do Inter, seja na pré-temporada, seja na intertemporada com a folga da copa América.

E, claro, as opções de prioridades.

Meu primeiro ponto é a não utilização de José Aldo, que chegou a treinar com os titulares na quarta, mas, segundo noticiou um jornal local, não foi aproveitado porque voltou ao time de aspirantes para enfrentar o Vitória, na sexta.

Ou seja, mais força para o time de aspirantes do que para o time que disputa o brasileirão.

Pior, fez jogar o Zé Gabriel, elogiado volante, escalado fora de posição, em função que poderia ser meia, lateral atacante, mas jamais o volante de origem que é. O resultado foi jogar com uma peça a menos.

Tudo para testar Rithely como primeiro volante, na função que pode ser utilizado caso Lindoso não possa jogar contra o Cruzeiro. E temos que torcer muito para que Lindoso se recupere, pois Rithely foi uma das apostas da direção que menos se consegue explicar, não tanto sua contratação, mas a prorrogação do contrato sem que tenha feito uma apresentação minimamente boa em campo. Pode-se contra-argumentar com Lindoso, que foi muito mal no início e agora cogita-se sua titularidade, decorrente da necessidade de aproveitamento do jogador, que lhe deu sequência. Só que Rithley nunca fez um jogo mediano sequer, e foi um desastre contra o Flu, sempre atrasado e sem saber o que fazer com a bola.

A defesa foi efetivamente pega de surpresa, com dois lesionados, o uso de Fuchs e Klaus não era opção, mas necessidade.

Mas Odair tinha, para o meio, o próprio Zé Gabriel em sua função de origem, mais Parede, Neilton e até o infame Pottker, se quisesse, como fez, dispensar José Aldo. Poderia ter Ramon, mas seu erro de avaliação levou ao empréstimo para o Vila Nova.

Optou por jogar errado, retrancado, contra um combalido Fluminense, e perdeu, como de costume, fora de casa. Pior, após ver um primeiro tempo vergonhoso para a mesma camisa que jogou contra o Nacional na quarta, manteve o mesmo time, esperando levar gol para fazer uma mudança óbvia, que deveria ter sido anunciada antes de o jogo começar.

E não resistiu a Pottker, nem o time. É dele que o Flu toma a bola e faz o segundo gol. Aliás, a insistência de Odair em algumas situações ultrapassa a teimosia e alcança a condição de canalhice mesmo. Jogar com Trellez em detrimento de Pedro Lucas, e colocar Sobis como armador do time, e depois como atacante centralizado, beira à  provocação.

Na única jogada ofensiva de Natanael, é Trellez que chega atrasado, sem surpresas, e acho que não tem ganho pessoal ou finalização ao gol em todo o tempo que ficou em campo, mas segue com a preferência do treinador, ocultando um promissor atacante. E se não consegue fazer gol no Fluminense, em quem conseguirá, além de Atibaia?

Após colocar D’Ale e Edenilson, com apenas dois jogadores, o panorama mudou, mas Odair passou 90 minutos sem querer ganhar o jogo, e foi reclamar de 20 segundos, mostrando que seu planejamento é muito peculiar. Odair se segura nos bons resultados das copas, mas segue com preferências inaceitáveis, e sofre o prejuízo de não ter testado mais jogadores em diferentes funções quando poderia, quando deveria.

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