Mauro Loch

EU NÃO QUERO O BRASILEIRÃO

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Não é minha frase, mas com certeza é o que pensam a diretoria e treinador do Inter, deixando claras as pretensões do clube depois do que se viu sábado em Chapecó.

Não tenho nada contra o uso de um time reserva, embora seja defensor de um time misto, assim como nunca fui contra, e até elogiei, o famigerado rodízio de jogadores, prática entre os grandes do futebol mundial, mas pouco compreendida por nossos treinadores e fisiologistas.

Conforme disse o treinador, estava programado, planejado o uso dos reservas no jogo de sábado, pelo desgaste físico das viagens e jogos em dois campeonatos simultâneos. Novamente, ok para o planejamento, se ele existe mesmo.

Também pouco me preocupa perder 3 pontos no início do campeonato, embora sejam os mesmos 3 da última rodada, ainda é um campeonato longo, onde as melancias se ajeitarão na carroça com tantos solavancos dessa estrada esburacada do brasileirão. Claro que preferia ganhar, e defendo que os três pontos são sempre mais fáceis com os times mais fracos, ocasiões em que o clube deveria projetar sempre jogar com força máxima.

Meu ponto é o uso de um time reserva ruim, com jogadores ruins, em posições em que não rendem absolutamente nada, com a manutenção de um esquema tático que não leva a lugar nenhum contra times retrancados, TUDO EXATAMENTE IGUAL AO QUE SE VIU NO GAUCHÃO.

É inaceitável que Camilo seja escalado, depois da proeza de ter feito um gol salvador no último minuto de um jogo, em todo o tempo de contrato. Camilo não tem nenhuma sequencia de apresentações, sejam em vários ou poucos minutos, que justifique sua escalação, e ainda é um jogador que não terminará o campeonato pelo Inter, então porque joga?

Não vou falar do Pottker, já cansei, é dono do time, e logo cavará um lugar entre os titulares, mesmo sem conseguir uma única boa jogada completa em todo o tempo em campo, contra um adversário muito fraco. Pottker tem uma jogada de ganha pessoal, logo no início, em que derruba o marcador com o ombro, de forma legaL, e tem todo o espaço e tempo do mundo para cruzar, chutar, avançar área adentro, servir algum companheiro, ou seja o que for, e consegue um cruzamento inalcançável pelo goleiro, zagueiros, atacantes e quase da câmera que filmava. De resto, um inútil em campo.

Sobis é outro que nunca rendeu nada como comandante do ataque, e ingressou no time no lugar de um jovem promissor que parece estar lesionado. Aliás, é incrível como os jovens, no Inter, demoram mais que os veteranos para se recuperarem de lesões.

Sobis é bom jogador, entrou bem contra os peruanos, quando jogou longe da área, mas não serve para comandante de ataque, principalmente de um ataque sem articulação no meio, que possa construir jogadas.

J Alvez seria a alternativa dentro do esquema, entrou e perdeu dois gols incríveis, um de perna esquerda, outro de cabeça. E seguimos com Neilton, jogando onde também nunca rendeu nada, exceto um ou dois lampejos a la Pottker, num time completado por Lindoso, que jamais explicou porque veio e quem viu que joga alguma coisa.

Isso é culpa do planejamento. Só o planejamento explica fazer rodízio com 21 jogadores, esquecer os guris, Wellington Silva, Ramon, Richard, Pedro Lucas e companhia. Só treinamento explica porque Roberto preferia chutões para Uendel em vez de bola tramada no meio. E só treinamento explica como nosso goleiro é incapaz de sair do gol em bolas alçadas da intermediária.

Um planejamento e um treinamento ruins, toscos, obtusos e acomodados.

Ao mesmo tempo vemos um Bahia limitadíssimo com esquema ofensivo e usando jovens, um Santos desfigurado propositadamente achacando o co-irmão, treinador por homens da casamata que não tem medo de perder, mesmo quando perdem.

Escalar jogadores ruins insistentemente é muita burrice, limitação e ignorância. Tem que usar o chavão de que se não tem nada melhor na base, é melhor fechar a base, porque é inexplicável não ter um volante melhor que Lindoso, um meia melhor que Camilo, um atacante de área melhor que o que está jogando Sobis.

Podem ser piores nos treinos e avaliações e estatísticas, mas, pelo menos, poderiam surpreender; já os escalados, ninguém tinha dúvidas que iriam mal.

 

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