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Sim, somos campeões mundiais da FIFA, não é pouca coisa. Ganhamos do grande Barcelona na final, com atuações históricas que forjaram heróis e ídolos. É um momento para lembrar sempre.

A melhor lembrança que tenho é da inauguração do Beira-Rio remodelado, com a imagem passando nas telas e o silêncio dos microfones, culminando no novo grito de gol.

A emoção não veio apenas com o gol, mas com as defesas de Clemer, o desempenho de Ceará, o gigante Iarley, a corrida de Luis Adriano, mas, sobretudo, a entrega do time todo, concentrada na imagem de Fernandão extenuado. Ali todos achamos que o Mundial seria outro sonho adiado, e se transformou no improvável, mas merecido, campeão.

Abel, em recente entrevista, disse que foi procurado por alguns jogadores no dia anterior, com a tática vencedora para o jogo, que seria marcar o Barcelona no campo deles, com pressão. Não sou fã do Abel, mas ganhamos aquele jogo porque ele disse não ao absurdo proposto pelos jogadores.

Isso significa que, naquele jogo e naquela temporada, tínhamos um time, não apenas 11 jogadores, e tínhamos um treinador com comando. Nosso time era formado por jogadores experientes, mas tínhamos Pato e Luis Adriano também. Uma zaga que não era famosa, muito menos nosso meio, cujo principal jogador era um refugo da Europa.

Depois disso, todos os títulos e a soberba. Formou-se a ideia de que não precisa jogar para adquirir ritmo, que o nome ganharia títulos, que o Mundial sobre o poderoso Barcelona credenciaria medo nos adversários, e não a ideia de que passamos a ser um time a ser batido.

Vieram fracassos em 2010, que mancharam inclusive a conquista da Libertadores. Curiosamente o maior fracasso da história da Inter foi protagonizado por quem conseguiu se superar 6 anos depois, conduzindo o time ao rebaixamento

.Em 2010, Damião voava, Giuliano e outros pediam passagem, e passamos um semestre treinando em vez de jogar. Mas não acho que nada disso tenha sido de grande importância, pois contabilizo 8 chances claríssimas de gol naquele jogo.

O fato é que o fracasso foi sentido e não absorvido, e as lições da derrota não foram assimiladas. O Inter passou a contratar mal e formar mal, ou lapidar mal. Até vendeu bem, mas a ideia de contratos longos, intermináveis, e apostas com poucas probabilidades conduziram o time, e o clube, a uma derrocada histórica.Sim, hoje é dia de festa, de lembrarmos o mundial, uma conquista gloriosa e marcante, mas é dia de lembrar que não podemos nos contentar com um, com um dia, e não podemos nos esquecer do que aconteceu depois.Principalmente em tempos de formação de time para um campeonato que pode nos levar à disputa novamente. Confesso que não estou esperançoso, as notícias não são boas, tanto de contratações como de vendas, e os cofres não estão abarrotados como já estiveram. A diretoria reeleita é a mesma que nos tirou do rebaixamento e nos colocou no cenário internacional, mas muitas coisas precisam ser acertadas, principalmente a formação ou lapidação da base.Com a nova distribuição de recursos da TV, a formação de jogadores se torna muito importante, e é premente a utilização dos guris no time principal; mas de forma coerente, trabalhada, e não apenas por lesões dos veteranos titulares. Não vejo outro caminho para novas e necessárias grandes conquistas.

O fato é que o fracasso foi sentido e não absorvido, e as lições da derrota não foram assimiladas. O Inter passou a contratar mal e formar mal, ou lapidar mal. Até vendeu bem, mas a ideia de contratos longos, intermináveis, e apostas com poucas probabilidades conduziram o time, e o clube, a uma derrocada histórica.

Sim, hoje é dia de festa, de lembrarmos o mundial, uma conquista gloriosa e marcante, mas é dia de lembrar que não podemos nos contentar com um, com um dia, e não podemos nos esquecer do que aconteceu depois.

Principalmente em tempos de formação de time para um campeonato que pode nos levar à disputa novamente. Confesso que não estou esperançoso, as notícias não são boas, tanto de contratações como de vendas, e os cofres não estão abarrotados como já estiveram. A diretoria reeleita é a mesma que nos tirou do rebaixamento e nos colocou no cenário internacional, mas muitas coisas precisam ser acertadas, principalmente a formação ou lapidação da base.

Com a nova distribuição de recursos da TV, a formação de jogadores se torna muito importante, e é premente a utilização dos guris no time principal; mas de forma coerente, trabalhada, e não apenas por lesões dos veteranos titulares. Não vejo outro caminho para novas e necessárias grandes conquistas.

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