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Esta é a quarta ou quinta vez, hoje, que me sento em frente ao computador para cumprir o meu ritual semanal para com o BV. Mas, hoje, tá difícil. É um sentimento misturado de frustração, raiva e indignação que, somados, compõe o título deste post: melancolia.

Já justifiquei por aqui que muitas vezes não falo objetivamente do futebol praticado pelo time do Inter em campo (ou a falta dele), porque as quintas ou sextas estavam sempre distantes do jogo que passou, mais perto – talvez, do próximo confronto. Mas, hoje, é tudo diferente. O jogo foi ontem e está fresco na memória. Mas mesmo assim não me sinto muito confortável para traçar alguma resenha do quão patético desempenho vi ontem. Desculpe-me, Elias Maragato. Creio que não seja eu o cara ideal para falar de futebol como tu gosta de ler por aqui…

Mas se é possível falar algumas coisas de ontem, a primeira delas é que basta ler o baita texto que o Mauro Loch escreveu por aqui na segunda-feira, trocar o nome do adversário, do lateral direito e o fato do zagueiro não ter virado centroavante, para termos uma ideia irretocável do que foi o futebol medíocre apresentado na noite da última quarta-feira.

É possível falar também que alguns jogadores não servem para o Internacional, ao menos, para jogarem não mais que a eventual ausência do titular: Fabiano, Iago, Patrick. Outros, talvez podem ter mais sorte em outros clubes, mas não aqui: Rossi, Camilo. E por aí vai. Eu estou me controlando aqui, pois muito bradei contra o Rodrigo Dourado e hoje ele é, para mim, titular incontestável e postulante, sim a camisa 5 da seleção brasileira. Vai que o raio caia de novo…

Mas muita além de problemas relacionados a qualidade técnica e emocional do nosso plantel, temos de tratar de outros fatores que também implicam nessa falta de gás no final do campeonato:

Primeiro, nossos Dirigentes parecem ter medo de ganhar. Parecem querer levar o gerenciamento do futebol do clube na base da paz e do amor quando, do outro lado, há um bando de mimados que sequer os cadarços das próprias chuteiras sabem amarrar. Sim, jogador de time grande só conhece das regalias e são muitos poucos, aqueles com DNA vencedor, que fogem desse estigma (a propósito, ao definirem a contratação de um jogador, questionem o que eles pretendem da carreira. Se chegar em 4º basta, então não serve! Alguém duvida que chegar em 4º no brasileiro não seja o ápice da carreira dum Patrick, por exemplo?

Segundo, precisamos repensar a preparação física. O atual preparador pode não ser um mal profissional, e creio que não seja, mas está longe de dar ao Inter o que ele precisa. Uma competição só durante todo o segundo semestre e o time morrendo em campo? Não dá né!

Terceiro, não temos treinador com culhão para estar na casamata do Internacional. Eu vi nos dois últimos jogos o Argel na beira do campo: balão da defesa para o ataque, zagueiro de centroavante, melhor do time saindo para entrar o amigo da galera e por aí vai. Odair me parece um cara sério e honesto, mas é preciso mais do que isso para treinar um time do tamanho do Internacional. É o Inter e não o Paraná, com o devido respeito. Vai dizer que ele não viu que Iago e Patrick já deviam ter pego um banco há pelo menos uns 10 jogos? Libertadores não dá segunda, terceira ou quarta chance. Então, obrigado Odair e boa sorte na sequencia da carreira…

Bahhh…. ainda consegui escrever tudo isso, apesar da melancolia que o time do Inter imprime na vida da gente…

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