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Entre sonhos – quiçá – devaneios, cruzei a década de 1990 como uma criança Colorada que queria ver o seu time ser campeão. Sim, foram tempos sofridos. Mas a cada novo ano que chegava, reacendia a esperança de que dentre as cinzas, surgisse uma fênix que pudesse transformar o Inter, novamente, num time vitorioso. Mal lembro da Copa do Brasil de 1992. A minha primeira emoção como torcedor Colorado foi vencer o Campeonato Gaúcho de 1997: André, Enciso, Marcão (Márcio Tigrão), Gamarra e Régis; Anderson Papoula, Fernando, Arílson e Sandoval; Fabiano e Christian.

Talvez pela nostalgia, mas era um time que até dava gosto de ver jogar. Ao menos dos meus tempos de criança Colorada é o que mais me marcou. Guardo, até hoje, minha camisa adidas com o símbolo no meio.

Pois tal qual agora, o time de 1997 fez um grande Campeonato Brasileiro, de forma inesperada, e desandou na fase dos mata-matas (sim, isso já existiu), a meu ver, depois de uma entrevista patética do centroavante Christian, que num restaurante comia porco, peixe e bacalhau, em alusão aos nossos adversários: Palmeiras, Santos e Vasco.

Mas o tempo passou, já não sou mais criança e por viver de passado é que o Internacional, agora, parece que tem medo do futuro. O último jogo foi um dos piores que já vi do Inter. Foi de um sentimento que correu da tristeza até a raiva e assim seguiu durante dias. E mais dias. Mas este tema já foi muito bem abordado aqui pelos Colegas, logo, sigo em frente.

Pulo do gato. O que precisamos a partir de agora.

Claro que é bom torcer por tropeços do Palmeiras, mas, antes de tudo, precisamos nos dar conta que o time do Inter já está manjado; os adversários já entenderam a única jogada que o treinador consegue esboçar em campo. Qual seria o pulo do gato? Diria quem…

Quem sabe ir ao time de aspirantes e buscar uns dois jogadores. Correr o risco de lançá-los agora mesmo e seja o que Deus quiser… Eu poderia usar a expressão “fato novo”, mas creio ser melhor não. Só que é o que precisamos. Algo diferente que os adversários custem a perceber. Pasmem, levaram um turno para entender o nosso time, logo, não há tempo para aprenderem a anular a habilidade de um Sarrafiore, Richard ou Netto.

Depois do que vimos no último jogo, acreditem: não há nada a perder!

O que não dá, convenhamos, é achar que a esta altura do ano, será o Camilo que vai resolver alguma coisa. Ou que o Pottker, que já defendi aqui mas deu, num estalar de dedos achará o futebol que conduzirá o Inter ao título. É preciso parar desse complexo de vira latas, esta história de time em reconstrução e isso e aquilo. É a camisa do Inter que entra em campo e não o fracasso ou a mente fracassada de seus dirigentes.

Precisamos do pulo do gato. Mas será que o treinador tem perna suficiente para o salto?

Só que o agora tá passando e o tempo nos poderá ser impiedoso. É agora ou nunca!

Ao parabenizar o coloradinho Bernardo, meu filho, desejo a todos(as) um feliz dia das crianças.

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