4.2
(11)

Só consigo comentar sobre o Internacional numa base de cinco jogos. Em quatro, venceu. No mais recente, empatou.

Foi um jogo bom, controlado por parte do colorado. O São José não nos ameaçou. Tivemos oitenta por cento de posse de bola, o que demonstra certa naturalidade no estilo de jogo do novo técnico.

A produção ofensiva está abaixo do que deveria, considerando a proposta. Pelo que entendi das ideias do Miguel, o plano é que o time amasse o adversário com a bola, chutando umas trinta vezes e fazendo uns cinco gols por jogo. É a mesma ideia de jogo do Guardiola, sabemos. Mas nem sempre dá certo.

Contra o São José, apesar do goleiro fazer uns milagres, não chegamos com muito ímpeto. Eu credito à escalação do Lindoso, um freio de mão puxado dentro de campo. Mas compreendo: o Dourado foi poupado pro Grenal.

Alguns torcedores acham ruim a maneira que o Miguel começou. Sim, tem gente corneteando quatro vitórias e um empate. É a ala Limão da torcida. Já vi dizerem que é ruim rodar o time, deixar Marcos Guilherme, Lindoso, etc. jogar. Como se o treinador pudesse chegar dando uma pirueta dentro do vestiário, e todo mundo concordasse numa boa. A maioria dos que têm esta tese não pensam como funciona uma equipe. Alguém aceita a chegada de um estrangeiro no seu ambiente, cagando regra? Nunca. Se ele escanteasse quatro ou cinco jogadores sem botar em campo, alguém ficaria satisfeito com isso? Nunca. E o Miguel, como qualquer pessoa que tem bom senso, sabe disso.

A estratégia é correta: todos precisam jogar. O Gauchão não vale nem o prêmio pela taça. É o momento das nabas estarem em campo. No primeiro beiço, o técnico pode dizer “eu te dei a chance, contra o Zequinha, e tu deu ré no foguete, agora senta”. Faz parte do trabalho.

Hoje jogaremos o único jogo importante deste torneio. E imagino que a força será total. Ele disse na última coletiva: “eu tenho um time titular, ainda não usei para rodar o elenco”. Possivelmente hoje ele vai usar. Imagino que tenha Dourado, Patrick, Edenilson, Maurício, Caio Vidal e Yuri Alberto nas linhas de frente. A linha de defesa tanto faz. Com exceção do Cuesta, ninguém é titular absoluto.

Não sei por que, mas acho que o Internacional vai ganhar hoje. Aquela tonelada de energia negativa que nos deixou onze clássicos sem vencer foi embora, parece. Aquele abraço do Odair no Renato foi desfeito no pênalti do Edenilson. Os jogadores estão com a perna mais solta. É o que espero. É a nossa vez de enterrar eles numa crise sem fim.

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