2.7
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Ainda é cedo para desenvolver conclusões sobre o tão falado estilo tático do nosso novo técnico e se será suficiente pra finalmente sairmos da fila este ano. Foram só três jogos, mas pelo menos menos foram três vitórias.

Duas coisas têm me agradado: primeiro, o uso amplo do elenco. Diversos jogadores entrando em momentos diversos dos jogos, podendo verificar o máximo de situações possíveis em configurações variadas; segundo, ele não parece ser vaidoso. Não insiste em um jogador ou uma jogada porque ele acha que vai dar certo. Altera e adapta conforme precisa. O uso do Dourado cobrindo os zagueiros e deixando os dois subirem com a bola é muito interessante, já que o Dourado não carrega a bola muito bem. É muito raro ver isso em qualquer situação com outros técnicos. Normalmente eles morrem abraçados em invencionices.

Miguel sabe que precisa conhecer o elenco e não pode deixar a peteca cair ao mesmo tempo, e isto é um grande mérito. Não vai ser fácil treinar o Internacional com a torcida impaciente por títulos e uma imprensa que torce que o time exploda desde sempre, como é a RBS.

A situação com os goleiros me parece ser a mais difícil de resolver: nenhum deles é bom, e nenhum deles joga bem com os pés. Dos três, o Daniel parece ser aquele que repõe melhor a bola, o que pra mim é um diferencial (que inveja dos goleiros argentinos). No mais, talvez nenhum seja capaz de nos levar a algum título. É uma batata quente que espero que ele saiba do nível de importância.

No ataque, com a chegada do Taison (grande notícia!) nosso time irá mudar de patamar. Finalmente teremos jogadores bons e em quantidade suficiente para jogarmos duas competições ao mesmo tempo. E um jogador como Taison vindo da Europa tem condições suficientes de ser o melhor jogador do Brasil. Qualquer jogador vindo da Europa tem, o gap entre nosso jogo aqui e o deles lá é um abismo imenso. Nosso ataque tem 5 jogadores, mais 4 meiocampistas/volantes interessantes, com boas chances de fazer o jogo volumoso que ele espera.

Se o experimento MAR vai vingar ou não, eu não sei. Muita coisa joga contra. Mas ele não parece estar despreparado ou surpreendido, como Coudet parecia ano passado. O portenho reclamava muito da sua situação, e realmente deu a entender que ele foi enganado (imagina sonhar com Nacho Fernandéz e acordar com Marcos Guilherme). Mas o novo treinador, apesar de não calejado, aparenta ter um barômetro e consegue prever temporal à frente. Espero que sim.

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