4.8
(9)

Li um comentário incauto em uma das colunas do BV desta semana: quem continua assistindo jogos do Internacional é masoquista, não tem como acompanhar.

Me identifiquei com a indignação. O jogo contra o Always Ready foi patético. Lembrou outro momento patético: o 0x0 contra o Corinthians, o jogo mais importante da nossa história recente.

Claro que contra o Always Ready não tinha nenhuma carga emocional, os caras estavam no pique de uma pelada.

Mas a incapacidade de fazer um gol tendo tanta facilidade para pensar, com milhas e milhas de campo aberto pra organizar uma jogada, chegar na frente da área e travar, é igualzinho.

Depois do jogo da volta contra o Olímpia, eu falei na live do BV que era evidente a “desevolução” do Internacional, e daquele jogo pra cá só piorou. Estávamos goleando, a bola chegava na frente e convertia. Agora a bola até chega na frente (se o jogo é fácil) mas não converte, ou pior que isso, nem chega, como no Grenal da volta. O que acontece?

O mais evidente é que falta velocidade, os jogadores são burocráticos na maior parte do tempo, passam para o jogador ao lado. Dificilmente a bola é invertida para buscar um lado descoberto da defesa. Até o time se postar no ataque, o adversário já montou até barricada com saco de farinha na frente da área.

Sem contar que temos jogadores a menos em campo: o Edenílson anda tão mal que o Nonato está se destacando. Ele não participa de absolutamente nada.

No Grenal da ida, o Edenílson fez o gol de uma das maneiras que ele melhor sabe jogar: infiltrando na linha do adversário. Mas quantas vezes por jogo se vê ele fazendo isso? Atualmente ele não sabe nem parar em pé, é o que me parece. E como identificar se a culpa é dele, que está insatisfeito, ou do técnico, que pede pra ele uma coisa que ele não sabe ou não quer fazer?

Usei nosso jogador mais importante dos últimos anos como referência, mas esta situação se replica por vários setores do time.

Apesar desse masoquismo, como disse o fórum bviano, eu realmente acho que o time vai melhorar, por três motivos:

Teremos a disposição jogadores importantes no meio campo, como o Boschilla, que pode ser titular muito facilmente, e a entrada em definitivo do Taison no time, fortalecendo o setor com dois jogadores rápidos e técnicos.

As notícias da semana dão conta que voltaremos para o esquema do Coudet, o 3-5-2 (ou 4-1-3-2, dependendo da fase do jogo), com dois atacantes perto do gol. Eu particularmente gosto muito mais de jogar com dois atacantes do que o tenebroso 4-2-3-1 ou o 4-3-3 do MAR (que envolve dois pontas em um time que mal tem um ponta no elenco).

Por fim, a notícia de que liberamos 20 jogadores em um mês e poupamos 3 milhões de reais mensais em elenco. Eu sei que isto não tem a ver com o campo, mas é um bom indicativo das coisas que estão acontecendo no clube. É triste pensar que dessa relação de 20 jogadores, nenhum faz falta. Ou seja, o Internacional tinha um time inteiro de descartáveis sugando o clube.

Pois bem, avante com mais um final de semana de masoquismo.

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