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O Inter começa o returno exatamente como começou o campeonato, com uma certeza de time, uma escalação óbvia, dos melhores no momento, com uma ou duas dúvidas.

A partida contra o Londrina foi tranquila, dominamos o jogo, criamos e defendemos muito bem. Gutierrez já podia jogar e fez um belo jogo. As dúvidas ficavam na zaga, onde Ortiz era contestado como companheiro de Cuesta, e onde jogaria Potker. Zago, apesar da derrota no Gauchão, insistia no 4321, e precisava da vitória para se manter.

De lá pra cá o Inter se desfez e refez, criou uma forte dúvida sobre sua capacidade de subir e terminou com a defesa menos vazada do turno e oferecendo  tranquilidade e segurança aos torcedores.

Nao pretendo tratar dos motivos da desintegração ou das causas do renascimento, que começou contra o Luverdense, se dissipou contra o Vila e criou raízes contra o Oeste. Vou olhar pra frente.

Não temos mais dúvidas na zaga. Mesmo com preferência de um ou de outro, temos um quarteto defensivo, um ou dois volantes, meias e atacantes, e todos nós, torcedores técnicos apontam 11 entre 14 ou 15 nomes.

Nem todos têm certeza se o time fica melhor com Camilo e Dale, se devem alternar, se Sasha é o único que cumpre a função que Guto quer, se Damião é melhor que Nico, se Potker é titular. Uns mais ousados contestam Dourado e sugerem Edenilson e Gutierrez, ou outro esquema que não o 4141 do Guto.

O fato é que qualquer torcedor, com raras exceções, escala o time com os mesmos 15 nomes, como faziam com 12 ou 13 antes de Camilo e Damião. Assim como é fato que entre esses 15 não estão  Carlos, Diego e Danilo Silva, ainda que Guto insista com alguns.

Estamos em agosto e finalmente temos um time titular com 15 nomes, o que considero ideal, talvez 16.

A questão que se coloca é: uma nova derrocada pode acontecer? Depois de uma queda tão grande como ficou claro contra o Boa Esporte, e de uma recuperação que nos levou ao segundo lugar, podemos nos desconstruir novamente?

Possivel é, mas não acredito. Seja porque não lembro de uma gangorra tão forte nas séries A e B, seja porque acho que encontramos uma estabilidade na forma de jogar.

Realmente não lembro de subidas e descidas de um mesmo time. Já assistimos recuperações fantásticas, como o Fluminense escapando do rebaixamento, o Vasco quase, e o mesmo Vasco quase perdendo a vaga depois de reinar soberano por umas 25 a 30 rodadas. Não lembro de um sobe-e-desce.

Mas acredito que o fator preponderante para evitar uma nova queda é que o time encontrou uma forma de jogar, diferentemente do início do campeonato, em que escalávamos 12 ou 13, mas não sabíamos como iríamos jogar.

Nao quero dizer que estamos jogando muita bola, longe disso, mas encontramos um equilíbrio entre a cadência e a jogada rápida, entre os cruzamentos e troca de bolas, entre o pivô e o lançamento na ponta, entre a indolência e o desespero por vencer.

Nao sei dizer os motivos, tenho alguns chutes, mas a diferença é gritante entre Boa e Guarani, e espero que seja uma escalada que não pare na Série A apenas.

Feliz dia dos pais.

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