4.5
(11)

Primeiramente, gostaria de afirmar aqui que estas duas semanas sem Internacional em campo foram rejuvenescedoras. De fato, viver sem ter que se estressar com o futebol pobre Colorado e sem ter que ver um amontoado em campo não é sintoma, mas o tratamento para uma vida menos desgastante. Veja-se que, conforme já dito, não assisto o Inter jogar desde o fim do primeiro tempo contra o Cuiabá; ainda assim, sei dos problemas do time jogo após jogo desde então e sou capaz até de enxergar mentalmente Moisés tropeçando na bola dentro de campo e Patrick sendo marcado incansavelmente por sua pança. Só não vê quem está a beira do campo. Mas até nisso eu sou diferente, afinal, mesmo dentre os colunistas do BV, com a devida vênia, parece que sou o único que critica abertamente o treinador e suas escolhas. Terminar o jogo com o pantera gorda? Dois laterais direitos?

Sem mais comentários.

Costumo dizer constantemente aqui, noutra banda, que sempre quero morder minha língua e ter de vir me corrigir e, eventualmente, até me desculpar por alguma opinião, quer pensada ou do calor do momento. Pois bem. No início da temporada, em março, fui aqui voz ativa pela definição de Daniel como arqueiro titular da meta Colorada, insistindo muitas vezes na tese que sempre veio de dentro do próprio Clube, que era ele o melhor goleiro do nosso plantel. Passados alguns jogos e a persistência de alguns erros, em um ato de (provavelmente) pura blasfêmia, disse que Daniel era tão somente uma versão mais nova de Marcelo Lomba, já que parecia ostentar o mesmo perfil de jogo e de personalidade.

Enfim, errei e peço desculpas ao Daniel por isso. Reflexão sempre é bom para nós Colorados.

Ainda acho que detém algumas falhas na saída de gol, o que aliás parece uma sina de todos os últimos goleiros a envergar a titularidade do gol colorado (sugerindo, aliás, que o problema possa ser de fundamento e, com isso, falta de treinamento adequado); mas, também é verdade que não lhe falta arrojo e reflexo. Mais, ainda, foi diretamente responsável por assegurar alguns bons ou ainda razoáveis (dentro do contexto) resultados. O último jogo, inclusive, foi um exemplo inconteste disso, salvando o que seria o gol de empate mais de uma vez e, principalmente, quase que no último minuto de jogo.

Um grande time começa sempre por um grande goleiro e Daniel parece caminhar nesse sentido; o que nos mostra que não é sequer lógico renovar com Lomba. Aliás, nesse interim, adianto que também sou contrário à renovação de Paolo Guerrero. Mas, retomando, se me permitem divagar um pouco, ouso referir que fosse Daniel o nosso goleiro titular nas últimas rodadas do brasileiro de 2020, finalmente teríamos saído da fila de mais de 41 anos.

Enfim, aliviado ainda um pouco pelos dias sem ter de acompanhar o Internacional e vê-lo desfilando a sua pobreza técnica dentro de campo. O time parece ser reflexo do seu treinador: devagar e medroso. Todavia, como tudo que é bom dura pouco, o Internacional já voltou (ou sua sombra o fez) e o caminho da normalidade já toma seu rumo. Contra o Fortaleza é bom achar um futebolzinho com alguma qualidade, pois, para ganhar (e precisa!) tem que jogar mais.

Muito mais.

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