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Definitivamente, este espaço não foi criado para abordagem do tema política e me parece que as regras são bem claras para todos que aqui frequentam. Não seria eu, portanto, que haveria de fugir das normas consolidadas.Contudo, vou me permitir da falar da política do Sport Club Internacional,especificamente, afinal, amanhã temos mais um processo eleitoral que visa a escolha do novo (ou velho) Presidente e seu Conselho de Gestão, além da renovação de 50% do Conselho Deliberativo, este que tem a função de fiscalizar os feitos e mal feitos daquele; ou deveria, ao menos.

Antes, contudo, gostaria de agradecer a todos que votaram na minha última postagem, recorde me parece, e que mal avaliaram o que eu escrevi.Isso é democracia e eu não sou dono da verdade. Certamente espero evoluir nos últimos textos deste ano, já que ainda não sei se meu contrato será renovado para a próxima temporada…

Retomando o assunto que importa, amanhã temos mais um processo eleitoral do nosso clube. Importante para a democracia? Claro. Mas, todavia e aqui também cabe um, porém, a bem da verdade é que as eleições do Internacional desde que o Movimento Inter Grande assumiu o poder, parecem uma confraternização entre amigos, ainda que ao sócio seja dado o direito ao voto.

Nos últimos 16 anos tivemos quatro presidentes os quais têm o mesmo berço político, o MIG e três deles o mesmo padrinho: Fernando Carvalho(que é o quarto). Denota-se que quando Carvalho conseguiu reunir todo o rebanho dos tantos grupos políticos existentes, culminou com nossa retomada de vitórias e, por isso, não posso classificar todo este processo de nefasto. Entretanto,nos últimos anos tudo parece um tanto quanto nebuloso, haja vista que os candidatos que opuseram nos pleitos eram amigos mordidos uns com os outros,dados interesses muitas vezes de cunho estritamente pessoais. O Inter como segundo ou terceiro plano, pasmem.

Então, não sejamos inocentes. Tanto Marcelo Medeiros quanto Luciano Davi, ao fim e ao cabo, seguem uma linha de pensamento muito parecida,já que o berço é o mesmo e a fruta nunca cai longe do pé. O primeiro tem avantagem de já estar no poder e o sobrenome que carrega a história de grandes presidentes. Contudo, segue a mesma trilha que nos fez lutar apenas por campeonato gaúcho e vaga à libertadores. Nos tirou da segundona, obrigação de quem quer que fosse, já que o Internacional era o primo rico da competição; e ficou no discurso de reconstrução por mais um bocado de tempo deste ano. Talvez mereça uma continuidade justamente por isso, pela ideia de que continuidade seja melhor.

Dou outro lado Luciano Davi que até teve um trabalho razoável na base e apresenta um projeto de administração que parece mais profissional e menos passional que o adversário. Entretanto, como vice-presidente de futebol sucumbiu à pressão do cargo, contratando jogadores caros e de eficiência duvidosa, além de jogar o nosso grande ídolo Fernandão aos leões quando inventou que o mesmo poderia virar o treinador do time da “zona de conforto”.Talvez mereça uma chance porque parece reconhecer seus erros e tende a alinhar o clube às necessidades dos tempos atuais, no tocante a um processo de gestão eficaz.

Tudo, como se percebe, no campo do talvez. Nisso é preciso lamentar que inexiste uma verdadeira oposição, com força e sem qualquer resquício com o MIG de sempre. Isso sim seria transformar o processo eleitoral em uma circunstância realmente democrática. A eleição do Conselho Deliberativo nos permite uma maior amplitude deste intento, desde que saibamos votar em um projeto que, ainda que não seja uma oposição puramente dita, marque uma posição firme em prol dos reais interesses do Internacional e fiscalize para que nunca mais, repito, nunca mais tenhamos de beijar a lona em nossa história.

Eu vou votar, mas que fico com a impressão de que estou apenas contribuindo com mais do mesmo, a isso fico. Então, que a sorte nos acompanhe.

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