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Certo que eu já me preparava para cá estar, hoje, provavelmente lamentando mais um insucesso ou algo muito próximo disso – leia-se uma vitória daquelas que todo mundo sabe se tratar de pura ilusão. Mas, o jogo foi adiado o que me pareceu uma decisão acertada:

Morreu o mito Diego Armando Maradona, que “com a bola foi um Deus; sem a bola, foi humano”, como muito bem definiu Paulo Roberto Falcão.

Acho que além das palavras de Falcão eu não preciso ir. Todos os amantes do futebol (e mesmo os que não o são) sabem quem foi e o que jogou Maradona; assim como todo mundo sabe o que ele enfrentou em sua vida de “normal”, sem a bola.

Corrijo-me, aliás, no tempo verbal: Maradona é e sempre será. Não à toa que mesmo os seus rivais mais acalorados, lamentaram sua morte (vide a homenagem do River Plate), e assim o farão por bastante tempo. A genialidade de Diego ultrapassa a fúria da realidade, afinal, Maradona é um ser superior; uma entidade. Nem todos param uma nação: pois a Argentina parou e assim permanecerá por um tempo. Seus compatriotas choram a sua morte e o mundo lamenta, afinal, quem fica não chega aos pés de quem vai. Neste mundo superficial, vai sobrando pouca coisa em que possamos nos agarrar para ter fé em seguir em frente. Mesmo no futebol.

Aproveito para parabenizar o Internacional, pela justa homenagem ontem a noite, deixando as membranas do Beira Rio nas cores da Argentina.

Obviamente, não julguei começar o tema de hoje com tema diverso.

Meus sentimentos à família, aos amigos e ao povo argentino e aos amantes do futebol de verdade.

Vá em paz e obrigado por tudo, Maradona!

***

Mas para não dizer que não falei de espinhos (flores, como todos sabem, não mais nascem no Beira-Rio), começa hoje o processo eleitoral do Sport Club Internacional, que definirá as duas chapas que irão para o “pátio”, a mercê de votos (pouco) convictos dos sócios Colorados.

Espero, sinceramente, que não tenhamos somente o MIG na disputa: o oficial e o chapa branca maquiado.

Saberemos, somente amanhã ao final da tarde, todavia, já que o prazo de votação será de 24h.

Repiso-me: espero, sinceramente, que não tenhamos somente o MIG na disputa!

Se assim o for, sem promessa eleitoreira mas como uma ideia de proposta – definição sem titubeio, deixarei de ser sócio e encerrarei assim quase duas décadas de contribuição para o Clube. Meu dinheiro claramente não fará falta, e capaz de ajudar ainda, já que não sobrará para investimentos esdrúxulos e inexplicáveis.

De qualquer sorte, ao fim e ao cabo, essa eleição terminará sem vencedores e possivelmente com um grande perdedor: o Sport Club Internacional.

Também nós torcedores Colorados, indubitavelmente.

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