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Certa feita fui de Fusca me banhar nas praias de Santa Catarina. Aliás, eu aprendi no interior que era “Fuca” e tive pelo menos uns quatro; faz tempo que estou à procura de outro para rodar comigo até o fim, mas ainda não achei aquele que cabe no orçamento do meu bolso. Mas o nome certo é Fusca e de tanto a ‘querida’ da mulher me corrigir, enfim aprendi a falar correto.

Como dizia, certa feita fui de Fusca pra Santa Catarina. Nem mesmo o meu mecânico de confiança gostava da ideia, afinal o meu possante já tinha um vazamento numa junta do motor e a coisa poderia piorar (o que de fato aconteceu). Todavia, fui assim mesmo. Transformei aquela viagem numa aventura do asfalto. Parava a cada 70 ou 80 quilômetros percorridos, abria a tampa do motor pra resfriar, e com isso conheci lugares que poucos sabem que existe às margens da BR101; também conheci pessoas e sorvi cada momento daquela jornada peculiar. Cheguei ao destino e alguns dias depois voltei, do mesmo jeito, em que pese com um pouco mais de pressa. Infelizmente.

Foi quem sabe a melhor viagem de carro que fiz ao longo da minha existência.

Pensei em lembrar dessa história aqui, pois o Internacional, de hoje, me lembra um pouco aquele Fusca que eu tive. Se é bem verdade que não era o carro mais moderno e confortável, mantinha seu ar clássico e era capaz de me levar a qualquer lugar, mesmo com a junta a meio pau. O time do Inter não é o melhor do campeonato no papel, o mais azeitado, mas segue sendo o Colorado campeão de tudo, com uma camisa carregada de história, apesar de tantos anos na fila de títulos.

Chegará o dia que todos se darão conta, assim como já o fiz, que a vida é um eterno filme repetido, sendo que as coisas vão acontecendo de novo de tempos em tempos. O Fusca já nem existe mais, mas pelo preço que estão pedindo hoje em dia, voltou a ser um importante fator de fomento da economia. E é clássico. Ficará pra sempre.

O Internacional já algum tempo é relegado pela grande mídia e só quem acredita mesmo somos nós, os torcedores. Só que ninguém apaga nossa senda de vitórias e os feitos relevantes que conquistamos em cada canto deste mundéu. E é clássico. Ficará pra sempre.

Ora, quem além de nós acreditava em 2006, no Japão? Então, por qual razão não poderíamos chegar ao topo mais uma vez agora?

O Fusca foi um carro feito pra guerra. Ninguém podia ou pode até hoje duvidar até aonde pode chegar. O Internacional é um dos clubes mais vencedores do mundo, alcançou epopeias inimagináveis. Ninguém podia ou pode duvidar até aonde pode chegar.

Se é verdade que o Internacional não tem os mesmo recursos do líder, eu igualmente não tinha para fazer a parte de baixo do motor do Fusca. Mesmo assim, com fé e uma limpeza rotineira do suspiro, eu ia para qualquer lugar que queria. O Colorado com fé e a vontade dos seus jogadores, com um pouco a mais de dedicação a cada partida que falta, pode chegar em qualquer lugar que quiser.

No tetra inclusive.

O Inter e um Fusca, apesar de tantas tentativas diversas, a verdade é que nunca saem de moda. E conhecem cada buraco das suas estradas. E o caminho para alcançar o destino.

Basta, pois, seguir em frente.

 

CURTAS                                                                              

– A crise da semana no time que é vice líder é a mijada do Mano no Edenilson. Ele vai sobreviver. Mijamos ele a cada jogo faz três anos e ele segue do mesmo jeito, com vinho caro e tudo. Acreditem: ele vai sobreviver;

– Verdade seja dita e admitida por este que vos escreve: Johnny não é mais jogador de soccer e, sim, de futebol;

– Somente de segunda-feira pra cá vi gente, inclusive, com “saudade” do Miguel Angel Ramirez;

– Defensivamente não estivemos bem no último jogo. As vezes o time que vai ser campeão também precisa ter sorte. E o torcedor estar preparado;

– Parabéns ao papai fresco Gabriel Mercado! Que sua guria seja muito feliz e tenha saúde;

– O Pedro Henrique me lembra alguns jogadores da velha guarda Colorada. Do futebol de outro tempo. Não à toa que me agrade tanto;

– Aparte: parabéns à torcida do Cruzeiro que jamais lhe abandonou. Volta para aquele que é o seu lugar;

– Aquelas verdades irretocáveis do futebol: Aranguiz saiu pra não voltar e vamos colocar ponto final no assunto. Diego Aguirre como pessoa é paysano de assado e como treinador, bem, não aconteceu. A vida é assim. É pra frente que se anda!

 

PERGUNTINHA

Repiso: o que é sonho e o que é ilusão pro Colorado?

 

Vamos, mais uma vez, pelo caminho da ilusão, Nação Colorada!

PACHECO

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