4.8
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A expressão que dá hoje o título a este texto é bem comum, todos já ouviram falar ou a escutam quase que diariamente. Não sou um estudioso de expressões ou adágios, mas velho o suficiente para tentar passar alguma coisa adiante, ainda que aqui no Blog Vermelho – local em que estão presentes pessoas inteligentes e do meu elevado grau de estima, afinal, somos todos Colorados e isso, apesar de tudo que tem ocorrido, ainda é um privilégio.

Imagino que o fim da linha, quer seja dum antigo bonde, dum ônibus ou mesmo de um trem, não devia (e deve!) ser a imagem mais bonita de se ver, tanto por isso o tom anedótico que ganhou a expressão. Num tempo mais antigo, os últimos que ficavam fatalmente estavam relegados a um não tão bom destino e a lugares em que a maioria nunca quer ou gostaria de estar.

Pois se faltava alguma dúvida acerca do destino(ou mesmo a falta dele) do Inter de Mano Menezes, acho que a mesma se dissipou na noite de ontem. E a expressão do título eu uso neste momento, pois os resultados do time em campo não refletem tão somente a incapacidade técnica, tática e moral do treinador. São, igualmente, o mais puro reflexo do comando inapto da direção do Internacional, pessoas que a rigor nunca tiveram boa vontade pelo Clube, pois, se a tivessem, jamais teriam se arriscado nesta ideia patacoada de gestão.

O Internacional chegou ao fim da linha pois, forma simples, não tem mais para onde ir. Sim, nos levaram ao lugar nenhum. Em matéria de futebol nós somos um nada com coisa alguma.

Eu julgo ter deixado um bom legado pela minha atuação na repartição. Por vezes na rua encontro alguém dos velhos tempos e todos demonstram por mim simpatia e respeito. Logo, acho que fiz um bom papel. Mas haviam algumas pessoas que não pensavam assim. Esse meio ‘jeitão de falar o que pensa’ (aqui até sou bem comedido) e de fazer as coisa pelo certo, pelo meu próprio julgamento, desagradava muita gente. Penso que me viam como ameaça, mas não podiam me dispensar sem consequências. Eu estava ali por merecimento e não se depõe alguém, assim, tão fácil.

Mesmo não tendo construído e conquistado tanta coisa na vida, culpa minha é bom salientar, eu tinha hombridade suficiente, respeito e amor próprio, para não me sujeitar a ser tratado como “saco de batata” por ninguém. Não por ser melhor, longe disso, mas por não aceitar que chefetes e puxa sacos pudessem achar que me domariam, que zombariam do que fui por lá. E sou feliz por ser como sou até hoje.

Eu tive hombridade para saber que “eles passarão e eu passarinho”. Pedi exoneração. Tem coisas na vida da gente que são mais importantes que discurso, sonho e expectativa. Eu precisava seguir me olhando no espelho sem sentir vergonha de mim mesmo.

Pois bem. Já que a coragem não é o forte de quem manda no Internacional, como não era dos que tentavam mandar em mim, é chegada a hora de Mano Menezes ter a hombridade de pedir o boné. E, sinceramente, Barcellos deveria fazer o mesmo.

O problema é que é difícil acreditar nisso para quem já está no fim da linha. Mas, hombridade é a palavra-chave.

Hombridade!

 

CURTAS                                                                              

– Acabaram com o Internacional;

– Mano Menezes como técnico do Inter morreu e eu não vou neste velório;

– Fiasco atrás de fiasco. Desta vez para o lanterna do campeonato nacional que estava com o time reserva. A palavra vergonha tem “vergonha” de seu uso em assuntos relacionados com o Inter;

– Fizeram cera perdendo por um gol para um timeco. E ainda conseguiram tomar o segundo;

– Baralhas, e fico só com esse para evitar a fadiga, não tem a mínima condição de vestir a camisa do Internacional. A mínima;

– O ano do Colorado terminou em maio e agora é só uma luta ingrata pela sobrevivência;

– A discussão entre o Presidente e o Repórter, com o primeiro retrucando pergunta pro segundo é uma das coisas mais medíocres que eu já vi desde que acompanho este Clube. Nem o “império otomano” conseguiu nadar tão fundo;

– Alessandro Barcellos é para mim uma grandiosíssima decepção. Eu que acreditei no seu discurso e nutri a esperança de um novo tempo, enfim, para o Internacional, agora vejo que caí foi no conto do vigário. O cidadão sequer consegue saber em qual buraco se meteu e, sem dúvida, desconhece totalmente o tamanho do Internacional;

– Acabaram com o Internacional!

 

PERGUNTINHA

O que fizeram com o Internacional?

 

Já não posso nem pedir mais fé e resiliência pra ti, meu Povo Colorado! Que o homem lá de cima tenha um pouco de piedade de nós.

PACHECO

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