4.6
(20)

Com o passar do tempo passamos a olhar o time do Internacional com elevado grau de ceticismo (para não dizer pior). Também pudera, afinal, a lógica de ontem era ir a Recife para perder ou então voltar com um empate heroico; nunca ganhar. Golear, então, suponho que seja até proibido pelo estatuto do clube. Tanto o é que gerou uma brincadeira minha para com os Colorados mais próximos: abri, após o jogo, duas cevas. Uma para comemorar os 5 gols e a vitória e a outra para afogar as mágoas no copo pelos 3 gols que tomamos em falhas defensivas.

E nisso surge aquela velha discussão entre olhar a realidade e suas perspectivas, quer do copo meio cheio ou do copo meio vazio.

Começo pelo lado vazio. Após o nosso segundo gol, já mentalizando o que escreveria aqui, hoje, diria que Cuesta é outro zagueiro quando joga ao lado de Moledo, mais confiante e que tanto por isso estava acertando até os botes no meio do campo. Só que aí Cuesta e Moledo bateram cabeça e tomamos um gol, mais uma vez por falha na bola aérea defensiva. Obviamente a falha foi de toda a Defesa e não só dos zagueiros, a começar pela falta inútil do Rodinei na lateral, seguido da ausência do Uendel na marcação do baixinho que cabeceou para o gol (sim, na minha modesta opinião o lateral esquerdo não estava onde deveria); ficou, foi, diante da patacoada entre os zagueiros, a pecha de que a falha tenha sido destes. No segundo gol tomado, a coisa ficou feia com uma perdida de bola na frente, protagonizada por Edenilson (que para este segue vivendo de lampejos de bom futebol), displicente num passe em jogada de ataque e mais ainda por não ter voltado a tempo de recompor. Também não achei o Lindoso na foto; mas ficou marcada a falha como se dos zagueiros fossem. E também foi, é verdade. O terceiro gol falha de concurso. O primeiro combate foi feito pelo Galhardo quando deveria ser o Cuesta ali e o Uendel (só para variar) mais perdido que cego em tiroteio.

Tomar 3 gols do time fraco do Sport é uma várzea! Mas tem também a versão meio cheia do copo. Senhoras e Senhores, fizemos 5 gols e goleamos o adversário fora de casa. Que momento! Há 5 (anos) não fazíamos um placar elástico desses. Incrível!

E que golaço do Patrick foi o primeiro. Roubada de bola do próprio, troca de passes com bela assistência do Abelito e uma entortada no zagueiro que um dia eu quis no Inter. Só que depois da de ontem, não sei se o rapaz volta a se achar na carreira. O segundo gol com cruzamento (ruim) do Rodinei. Depois um testaço do Moledo para se redimir um pouco, seguido de mais um gol oportunista do Patrick, sendo a conta fechada após uma bela jogada do Edenilson (lampejo e tanto) pelo flanco servindo o Yuri Alberto que fez seu primeiro gol com o Manto Colorado. E que jogador tá se mostrando o guri. Sem querer se iludir, é bem verdade, mas já iludido, admito.

Só que a goleada teve um significado maior. A goleada passou a ter letras em CAIXA ALTA quando aos 24 da etapa final apareceu o número 13 na beira do campo. Sim, depois de mais de ano e alguns meses, vimos novamente em campo Rodrigo Dourado que, com clara falta de ritmo de jogo e competição, mostrou que joga o fino da bola e que é muito titular. Muito mesmo. Talvez o nosso maior reforço para o restante da temporada. Se emocionou, recebeu a faixa de capitão do Edenilson (ponto alto da sua atuação, também) e mostrou que ainda tem muito a fazer pelo time.

A volta do Rodrigo Dourado merecia uma terceira ceva. Mas domingo tem jogo de novo e hoje tinha treino as 07h30. Dormi pouco, enfim, mas feliz.

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