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A Copa até então não tem mostrado nenhuma inovação ou mudança significativa do ponto de vista tático, apenas mais dos mesmos estilos de jogo e propostas que têm-se estabelecido e consolidado nos últimos anos.

Equipes com maior carência técnica formam as chamadas duas linhas, de 4 ou até mesmo 5 jogadores, e propõem um estilo de jogo reativo, dando a bola ao adversário, limitando-se, nos seus 25 a 40% de posse de bola, a contra-atacar em velocidade, aproveitando-se de possíveis espaços no sistema defensivo contrário.

O que tem impressionado é como equipes até mesmo precárias tecnicamente conseguem impor dificuldades quando bem organizadas neste estilo, tendo na Islândia talvez a execução mais magnífica sob este ponto de vista.

Nestas circunstâncias sobressaem ainda mais a importância das bolas paradas, uma magnífica e importantíssima forma de quebrar ferrolhos adversários e que tem decidido muitos jogos nesta copa.

Chama a atenção a dificuldade das chamadas equipes favoritas de impor seu jogo contra estas “retrancas” modernas… Alemanha, Brasil e Argentina falharam em transformar seu domínio territorial em gols, tendo também padecido do mesmo mal a Inglaterra e o Uruguai, estes últimos decidindo seus primeiros jogos no apagar das luzes, e adivinhem… de bola parada.

Se Cristiano Ronaldo teve talvez a mais significativa atuação individual, um destaque positivo também vale para Harry Kane e as boas atuações coletivas da Bélgica e do México… No campo dos que deixaram a desejar, não faltam candidatos, entre eles Messi, Neymar, Suárez, Lewandowski e outros menos cotados.

Ao jogo brasileiro, tive duas impressões: faltou amplitude, de forma a transformar a posse de bola em chances reais de jogo, mas também faltou pressão e uma marcação mais agressiva na saída de bola suíça, que conseguia manter a posse de bola e esfriar o jogo, dificultando a vida brasileira.

Neste quesito, me desagrada por completo o posicionamento e a pouca contribuição defensiva e ofensiva de Paulinho, para além da individualidade extrema e a retenção de bola acentuada de Neymar na zona morta do campo, que não trouxe nada além de irritação e alguns cartões amarelos aos adversários, mas sem nenhum resultado imediato às pretensões de vitória canarinha.

Trazendo a copa um pouco à realidade colorada, é possível transpor as dificuldades que se materializam a uma equipe quando tem a transição ofensiva lenta, com jogadores de pouca criatividade, sendo que ao meu ver, a equipe colorada teve sua melhora de performance justamente quando fixou dois pontas de velocidade e passou a ter uma transição muito mais rápida quando da retomada da bola, seja pela lateral-esquerda com Iago e Patrick, ou pela direita com Zeca, que acrescentou bastante ao setor.

Ainda no âmbito da realidade da copa trazida às bandas do Beira-Rio, onde tem se evidenciado a importância da bola parada, recomendo o excelente post do Luiz Doering sobre o aproveitamento colorado em escanteios:

https://mwfutebol.com.br/2018/06/19/os-escanteios-colorados-analise-das-cobrancas-do-inter-no-1o-semestre-de-2018/

Saudações coloradas

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